Um manifesto que defende a eleição do ex-presidente Lula (PT) no 1º turno chamou a atenção por ter sido assinado por "não petistas". O grupo que assina o documento é formado por simpatizantes e também por críticos do petista.
No documento, os signatários declaram que muitos foram e ainda são críticos, que discordam de posições tomadas por Lula no passado, mas estão “olhando para o futuro”.
Entre os integrantes do grupo, estão intelectuais, advogados, líderes de entidades da sociedade civil, artistas, políticos, empresários e sindicalistas. Alguns deles apoiaram o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016.
O manifesto ressalta a importância de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e diz que “não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022”.
Quem são os "não-petistas"
Intelectuais
Arnaldo Santos – jornalista e cientista político
Auto Filho – professor da Universidade Estadual do Ceará
Benicio Viero Schmidt – sociólogo, professor da UnB
Bernardo Ricupero – professor da USP
Boris Fausto – historiador
Christian Lynch – professor e cientista político
Cristina Inoue – professora na Universidade Radboud (Holanda)
Hélio Doyle – jornalista
Isaac Roitman – professor e membro titular da Academia Brasileira de Ciência
Lia Zanotta – antropóloga , professora da UnB
Luiz Cruz Lima – professor da Universidade Estadual do Ceará
Luiz Eduardo Soares – antropólogo e escritor
José Eli da Veiga – professor da USP
Marcos Woortmann – cientista político
Wellington Almeida – cientista político
Fernanda Sobral – socióloga, professora emérita da UnB
Francisco José Teixeira – professor da Universidade Regional do Cariri
Moises Balestro – professor da UnB
Nathaly Beghin – economista
Ricardo Abramovay – professor da USP
Hussein Kalout – Professor de da Universidade Harvard
Tito Barros Leal – professor da Universidade Regional do Vale do Acaraú
Direito
Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay) – advogado
Marco Aurélio de Carvalho – coordenador do Grupo Prerrogativas
Maurício Rands – advogado e professor de direito
Carol Proner – professora de Direitos Humanos
Evandro Pertence – advogado
Milton Seligman – ex-ministro da Justiça
Sepúlveda Pertence – jurista
Roberto de Figueiredo Caldas – advogado
Saúde
Armando Raggio – médico, pesquisador em saúde pública
Celina Roitman – microbiologista e pesquisadora em saúde pública
Artes
Chico Buarque – compositor e escritor
Gabriela Gastal – diretora de cinema
Alder Teixeira – escritor e professor da Universidade Estadual do Ceará
Política
Cristóvam Buarque – ex-ministro e ex-senador
Randolfe Rodrigues (Rede) – senador
Hélio Jose – ex-senador
Márcio Santili – ex-deputado federal constituinte
Úrsula Vidal – secretária de Cultura do Pará
Sociedade civil
Dinamam Tuxá – liderança e advogado indígena
Guto Gomes – ativista socioambiental
Paulo Dalla Nora Macedo – vice-presidente do Política Viva
Pedro Ivo Batista – ambientalista e coordenador da Associação Alternativa Terrazul
Philip Yang – urbanista, fundador do URBEM
Iara Pietricovsky – antropóloga, Codiretora da Associação Brasileira de ONGs (Abong)
Romi Bencke – pastora de orientação luterana
Rosangela Lyra – presidente e fundadora do Política Viva
Sindicalistas e empresários
Ricardo Patah – advogado, administrador de empresas, presidente do sindicato dos comerciarios de São Paulo e da UGT Nacional
Mauro Dutra – empresário
Magno Lavigne – presidente licenciado da UGT Bahia
Marcelo Carvalho – presidente da UGT BA
Leia a íntegra do manifesto
Mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável. Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva.
Muitos de nós fomos e ainda somos críticos, discordamos de fatos ocorridos e posições tomadas por ele no passado, mas estamos olhando para o futuro, e não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022. Ao mesmo tempo, os acertos de seus dois governos e a disposição em construir uma frente ampla programática nos passam a confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil.
É Lula no primeiro turno para tirar o Brasil do descalabro que nos encontramos e os brasileiros do abismo profundo que fomos jogados.
Movimento Pelo Brasil
Edição: Vivian Virissimo