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Advogado também nega novo depoimento de Adélio à PF e classifica como "fake news" menção ao PT

Polícia Federal desmentiu boato na segunda-feira (14); fake news foi espalhada no Twitter e difundida por bolsonaristas

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Advogado de Adélio Bispo classificou como "fake news" o boato que incriminaria o PT por facada no então candidato Jair Bolsonaro - Reprodução/YouTube

O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos responsáveis pela defesa de Adélio Bispo de Oliveira, também negou um suposto novo depoimento do autor da facada contra o então candidato Jair Bolsonaro depois da reabertura do inquérito pela Polícia Federal, em novembro do ano passado.

O Brasil de Fato entrou em contato com o advogado na tarde de segunda-feira (14) para que ele se posicionasse sobre a notícia falsa que foi espalhada no final de semana sobre o caso. O boato dava conta que, em um novo depoimento, Adélio teria incriminado o Partido dos Trabalhadores (PT) como mandante do atentado. Durante a noite, Zanone respondeu aos questionamentos da reportagem e negou a informação.

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"Eu estou vendo isso pela mídia", disse o advogado, que considera "fake news" a história que circulou nas redes. Zanone é um dos alvos da nova fase do inquérito na PF, que corre desde novembro. A investigação foi reaberta após pressão do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores e analisa dados bancários e do celular do advogado.

Na tarde de segunda (14), a Polícia Federal (PF) também negou a existência do suposto novo depoimento de Adélio. A corporação disse que "não procede" o boato de que Adélio teria incriminado o Partido dos Trabalhadores (PT) ou a campanha do ex-ministro Fernando Haddad pelo atentado contra Bolsonaro. A informação foi confirmada pelo jornalista Rubens Valente, do Uol, e pela CartaCapital.

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Brasil de Fato enviou e-mail à assessoria de imprensa da PF solicitando uma nota sobre o caso. Até o momento, não houve resposta. Caso a corporação responda, o comunicado será adicionada na íntegra à reportagem.

A reabertura do inquérito foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), dando seguimento ao processo que se encontrava arquivado desde 2019. A PF já concluiu duas vezes que Adélio agiu sozinho no atentado. Bolsonaro e aliados sustentam – sem provas – que o acusado não teria como pagar os honorários dos advogados e, por isso, deveria ser apurado quem pagou a conta.

A notícia falsa que incriminaria o PT no caso ganhou as redes no último sábado (12), quando um perfil que afirma ser do grupo Anonymous publicou, no Twitter, a seguinte mensagem: “Adélio Bispo prestou depoimento gravado pela PF dizendo que a facada teria sido encomendada pela campanha de Haddad em 2018. Carluxo vai usar esse vídeo. Eu tenho certeza absoluta que Adélio foi coagido".

Apoiadores de Bolsonaro, como o deputado federal Junio Amaral (PSL-MG), repercutiram a publicação: “Parece estar chegando ao fim a busca pela identificação dos responsáveis pela facada no presidente Jair Bolsonaro. ANONYMOUS afirmou hoje que Adélio resolveu entregar a companheirada do PT".

Edição: Vivian Virissimo