A Justiça do Peru determinou que os diretores da Repsol estão impedidos de sair do país pelos próximos 18 meses para que possam responder às investigações sobre o derrame de 6 mil barris de petróleo na refinariea de La Pampilla, no dia 15 de janeiro.
A decisão atende a um pedido do Ministério Público e atinge o diretor executivo da Repsol Peru, Jaime Fernández–Cuesta, e os diretores Renzo Tejada, Gisela Posadas e José Reyes. Todos são acusados do delito de contaminação ambiental após o derrame na região de Ventanilla, localizada em Lima, capital peruana.
"Estamos diante de um dos maiores ecocídios nas nossas costas. O governo assume o papel de sancionar os responsáveis pelos danos que afetam tragicamente a flora, fauna e as comunidades postas em risco e privadas do seu sustento cotidiano", declarou o presidente Pedro Castillo.
O chefe de Estado visitou a região no dia 20 de janeiro e assinou um decreto que estabelece a emergência climática como um assunto de interesse nacional. O governo também assegurou que irá revisar o contrato com a transnacional petroleira.
✅ Ante el #DesastreEcológico en las playas de nuestro litoral, el presidente @PedroCastilloTe indicó que "El Gobierno asume el papel de sancionar a los responsables del daño que afecta a la flora, fauna y a las comunidades puestas en peligro y privadas de su sustento cotidiano". pic.twitter.com/piLVLMnkW1
— Presidencia del Perú 🇵🇪 (@presidenciaperu) January 21, 2022
Desde a última segunda-feira (24), um grupo de especialistas da ONU está no Peru para analisar os danos causados pelo derrame de petróleo cru.
O desastre, que já afetou cerca de um milhão de metros quadrados de mar e causou danos significativos aos ecossistemas da região, continua a não ter sua causa revelada.
Em relatório preliminar, a empresa espanhola Repsol reconheceu que não foi capaz de calcular a real magnitude do acidente, ao mesmo tempo em que enfatizou assumir as consequências do desastre.
Edição: Arturo Hartmann