Magnicídio

Haiti: Suspeito ligado ao assassinato do presidente é detido no Panamá e deportado aos EUA

Mario Palacios é acusado de compor grupo de mercenários e estava na lista vermelha da Interpol

|
O então presidente Jovenel Moïse foi morto em sua casa na capital Porto Princípe - VALERIE BAERISWYL / AFP

Um ex-militar colombiano e suposto membro do grupo envolvido no assassinato do então presidente do Haiti, Jovenel Moïse, morto em julho de 2021, foi preso no Panamá nesta segunda-feira (03/01) após ser liberado por um tribunal na Jamaica. 

Mario Antonio Palacios estava sendo procurado pelo Haiti e pelos Estados Unidos por supostamente fazer parte do grupo de mercenários envolvidos no crime contra Moïse. O ex-militar havia fugido para a Jamaica, tendo entrado no país de forma ilegal, e sido detido lá. Palacios estava preso no país enquanto os tribunais avaliavam um pedido de extradição ao Haiti. 

“Este pedido, por uma questão de lei, não poderia prosseguir, não poderia ser processado e estava fadado ao fracasso”, decidiu o Ministério Público da Jamaica (DPP), na sexta-feira (31/12).

No entanto, a Jamaica ordenou sua deportação para a Colômbia, seu país de origem. Foi durante o trânsito via Panamá que Palacios foi interceptado no aeroporto e colocado em um voo para os Estados Unidos, de acordo com informações da agência de notícias Reuters. 

Assim como o Haiti, o país norte-americano havia emitido um aviso vermelho da Interpol solicitando sua prisão.

De acordo com um relatório preparado pela polícia haitiana, divulgado pela imprensa, o ex-militar colombiano é acusado de ser um dos instigadores do assassinato de Moïse em 7 de julho. Na data, o então presidente foi assassinado dentro da própria casa.

Premiê alega ter sofrido tentativa de assassinato 

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, que assumiu o cargo após a morte de Moïse, afirmou ter sofrido uma tentativa de assassinato no dia 1º de janeiro na cidade de Gonaïves, região oeste do Haiti, a 150 km da capital Porto Príncipe.  

Por meio do Twitter, ele disse que “os inimigos do povo haitiano são os terroristas que não hesitam em usar a violência para matar com todas as suas forças”, afirmando que estes fazem “tudo por dinheiro".

O ocorrido teria acontecido durante as comemorações do feriado nacional da independência do país, cuja declaração foi assinada em 1º de janeiro de 1804.