O presidente do Equador Guillermo Lasso bateu um recorde nos índices de desaprovação, chegando ao número de 56,5%, de acordo com a pesquisa da empresa Clima Social. Desse total, 42,5% classificam a gestão como ruim e 14% avaliam como péssima. Por outro lado, 37,6% aprovam a administração do banqueiro. A pesquisa entrevistou 1670 pessoas em diversas regiões equatorianas.
¿Cómo se califican estos 7 meses del Gobierno de Guillermo Lasso? pic.twitter.com/FVfpTvYw1Z
— Clima Social EC (@ClimaSocialEc) December 22, 2021
Em outro levantamento, realizado entre 13 e 15 de novembro pela empresa Perfis de Opinião, o rechaço era ainda maior. Lasso teve 67,38% de reprovação popular, enquanto 28% tinham uma percepção positiva da administração.
Nos últimos quatro meses, o respaldo ao político de direita caiu cerca de 40 pontos, já que as pesquisas realizadas pela mesma empresa em julho indicavam que 74% dos equatorianos avaliavam a gestão como boa ou ótima.
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Lasso está sendo investigado pelo caso Pandora Papers. A investigação jornalística apontou que o ex-banqueiro possui 14 empresas em paraísos fiscais, sendo que 11 estariam inativas.
O chefe do Executivo se negou a prestar esclarecimentos ao Parlamento em dezembro e a Controladoria do Equador arquivou a investigação sobre as contas do mandatário, no dia 7 de dezembro.
O ex-banqueiro se defendeu argumentando que possuía "investimentos legítimos em outros países", dos quais se desfez, como manda a lei, para ser candidato.
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Outro fato que pode ter contribuído para a perda de popularidade do mandatário foi o decreto de estado de sítio logo após a maior chacina da história do sistema penitencirário equatoriano, com a morte de 116 pessoas.
Apesar da intervenção das Forças Armadas, a violência seguiu. Em menos de dois meses, um novo massacre foi registrado na Penitenciária do Litoral, em Guayaquil, com 68 mortos e 25 feridos, no dia 15 de novembro.
No aspecto econômico, o Equador apesar de encerrar o ano com cerca de 3% de crescimento, ainda vive um cenário de crise com 4,4% de desempregados e 24,5% de pessoas alocadas em subempregos, segundo Instituto Nacional de Estatística.
Em relação à políticas de combate à covid, para evitar uma nova onda de contágios, o governo determinou a obrigatoriedade da vacinação. Até o momento o país acumula 538 mil infectados, 33.624 mortos pela doença e cerca de 67% da população foi completamente imunizada.
Edição: Arturo Hartmann