América Latina

Movimento indígena do Equador declara resistência ao governo

Com a falta de respostas do governo equatoriano, a Conaie decidiu ratificar sua postura de resistência

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No centro da imagem, Leonidas Iza, presidente da Conaie, em Quito após reunião com Guillermo Lasso, em novembro. - Cristina Vega Rhor / AFP

A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) ratificou neste fim de semana seu estado de resistência devido à falta de resposta do governo do país, liderado pelo presidente Guillermo Lasso, em relação às propostas apresentadas pela entidade e outras organizações.

A Conaie informou que há seis meses o movimento indígena e setores sociais vêm desenvolvendo propostas sobre questões de interesse nacional e para isso foram dialogar com o governo, "mas Lasso zomba da dura realidade de milhares de famílias equatorianas sem dar uma resposta. Diante disso, ratificamos a resistência", afirmam.

Por sua vez, o presidente da Conaie, Leónidas Iza Salazar, escreveu: "Essa é a atitude de Guillermo Lasso e de um governo incapaz de responder aos problemas econômicos do país e às legítimas propostas do Movimento Indígena e de centenas de organizações sociais. Fomos ao diálogo sem renunciar ao direito de resistir".

Há 6 meses nós, do Mov. Indígena, e setores sociais desenvolvemos propostas sobre questões de interesse nacional. Fomos dialogar com o governo, mas #Lasso zomba da dura realidade de milhares de famílias equatorianas sem dar uma resposta. Diante disso, ratificamos a resistência.

Após a rodada de diálogos à qual se refere a Conaie, realizada no dia 10 de novembro, o próprio Salazar indicou que o governo do Equador tinha se comprometido a dar uma resposta às demandas em um prazo de aproximadamente 15 dias.

A respeito das mesmas conversas, o Ministro de Governabilidade, Juan Manuel Fuertes, anunciou que o governo nacional atenderia as demandas até o dia 1 de dezembro.

:: Os problemas do Equador. E do presidente Lasso ::

No entanto, nem o prazo de 15 dias nem o de 1º de dezembro foram obedecidos, já que as duas datas passaram e nenhuma entidade oficial se manifestou sobre o assunto, nem mesmo para pedir mais tempo.

Entre as demandas das organizações estão a estabilização dos preços do diesel e da gasolina e a contenção da precarização do trabalho.