Uma pesquisa feita pelo Atlas divulgada nesta terça-feira (30) mostra que, em um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de 2022, o ex-presidente Lula (PT) venceria o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (Podemos) por uma distância maior do que ganharia do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O estudo aponta que Lula venceria por 14,5 pontos percentuais de vantagem contra Bolsonaro (50,5% a 36% das intenções de voto) e por 17,2 pontos percentuais contra Moro (46,4% a 29,2%).
O levantamento marca a entrada de Moro na corrida eleitoral. No estudo anterior feito pelo Atlas, em julho, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro ainda não havia sido considerado na disputa presidencial.
Testado pela primeira vez, no primeiro turno Moro chegou a 13,7% e ficou na terceira colocação, à frente de Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB), que apareceram com 6,1% e 1,7%. O resultado é similar a pesquisas recentes publicadas por Paraná Pesquisas, PoderData e Ipespe.
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Segundo o Atlas, Lula aumentou a vantagem na primeira colocação no primeiro turno. O petista saltou de 40,6% para 42,8%, enquanto Bolsonaro caiu de 34,5% para 21,5%. A distância entre os dois chegou a 21,3 pontos percentuais.
O levantamento feito com entrevistas online com 4.401 pessoas entre os dias 27 e 29 de novembro.
Bolsonaro derrete, Moro não decola e Lula segue líder
A divulgação de três pesquisas eleitorais agitou a semana passada corrida pela disputa da Presidência da República em 2022. Os levantamentos feitos por Paraná Pesquisas, PoderData e Ipespe apontaram a consolidação de Lula na dianteira e a tendência de queda de Bolsonaro.
Os estudos mostram que o ex-juiz da Lava Jato ainda disputa a terceira colocação com Ciro Gomes (PDT). O resultado indica, contudo, que os dois seguem consideravelmente distantes de Lula e Bolsonaro na preferência do eleitorado.
Na segunda-feira (29), a pesquisa do Atlas mostrou que a aprovação de Bolsonaro despencou e atingiu seu pior nível desde o início do mandato. O levantamento apontou que apenas 19% avaliam a gestão do governo federal positivamente, pior índice já registrado desde o início da série histórica, no primeiro mês de mandato de Bolsonaro, em janeiro de 2019.
Na pesquisa anterior, realizada em setembro deste ano, o índice de avaliações positivas era de 24%. Em maio, eram 31%. Desde então, a popularidade de Bolsonaro caiu de forma consecutiva nos estudos, feitos a cada dois meses.
Edição: Anelize Moreira