SOB INVESTIGAÇÃO

Presidente Maduro denuncia plano opositor para impedir eleições regionais na Venezuela

Inteligência militar teria frustrado plano opositor de incendiar sede do poder eleitoral faltando 10 dias para eleições

Brasil de Fato | Caracas (Venezuela) |
Presidente Nicolás Maduro denunciou planos desestabilizadores em transmissão televisiva, no último domingo (14) - Zurimar Campos / AFP

O presidente Nicolás Maduro denunciou, no último domingo, que a inteligência militar venezuelana frustrou uma nova tentativa de plano desestabilizador. Segundo o chefe de Estado, opositores queriam incendiar a sede do Conselho Nacional Eleitoral para destruir as urnas eletrônicas e materiais de votação uma semana antes das eleições regionais. 

Maduro afirma que o ataque seria planejado em Madri, pelo opositor Leopoldo López, fundador do partido Vontade Popular e braço direito do autoproclamado Juan Guaidó. A Venezuela pediu novamente a extradição de López e sua detenção ao Reino da Espanha. 

Sem divulgar as identidades, o Executivo afirmou que quatro homens foram detidos com material explosivo e combustível. Em suas confissões revelaram que seu contratante seria William Ricardo Sánchez Ramos, assessor de Leopoldo López.

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No próximo domingo, 21 de novembro, a Venezuela irá eleger 3.082 cargos públicos entre governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores. Após seis anos boicotando processos eleitorais, os quatro maiores partidos de oposição, chamado G4 (Ação Democrática, Um Novo Tempo, Vontade Popular e Primeiro Justiça), irão participar desse processo. 

Apesar da novidade, as pesquisas de opinião apontam para um mau desempenho do G4. Nenhum dos principais líderes opositores ultrapassa 13% de popularidade. 

Em janeiro de 2020 um dos galpões do CNE já havia sido queimado, obrigando a Venezuela a renovar todo o seu parque tecnológico para as eleições legislativas de dezembro do ano passado. O governo também denunciou o incêndio como um plano desestabilizador da oposição, mas até o momento não houve conclusão das investigações. 

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O vice-presidente para Segurança Cidadã, almirante Remigio Ceballos aponta que Sánchez Ramos também estava relacionado com o incêndio de 2020.

O presidente do CNE, Pedro Calzadilla assegurou que a tentativa de sabotagem não afetou os preparativos para as eleições "foi apenas uma tentativa que ainda está senddo investigada, esperamos os resultados para tomar as medidas necessárias". Calzadilla também convocou os venezuelanos a "estar em alerta para proteger a vontade democrática do povo".

De acordo com o CNE, mais de 200 observadores internacionais acompanham o processo e 14.262 centros de votação serão instalados em todo o país. Do total de 21 milhões de eleitores, 350 mil votarão pela primeira vez neste 21 de novembro. 

Em resposta, López nega a autoria de um suposto plano golpista, afirmando "seguimos lutando por eleições livres".

Edição: Vivian Virissimo