Nesse domingo (7) foram retirados os destroços do avião onde viajava a cantora Marília Mendonça e outras quatro vítimas fatais do acidente ocorrido na última sexta-feira (5). As investigações sobre a queda do bimotor na zona rural de Piedade de Caratinga (MG) estão avançando, apesar da confirmação de que a aeronave não tinha caixa preta (aparelho que registra dados do avião, sons e conversas ocorridos ao longo de todo o voo). A previsão é de que o inquérito seja finalizado em 30 dias.
A Polícia Civil anunciou que terminou a perícia no local e que deve, agora, ouvir testemunhas oculares. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou que, a 500 metros da onde caiu, a aeronave - que vinha de Goiânia - atingiu o cabo de uma torre de distribuição da empresa.
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Para a retirada dos destroços do avião, espalhados em uma cachoeira de difícil acesso, foi preciso usar um caminhão e um guindaste de arrasto de 200 toneladas. O material está sendo levado ao aeroporto de Caratinga.
Além de Marília Mendonça, que aos 26 anos já alcançava o patamar de uma das mais conhecidas artistas do sertanejo brasileiro, morreram o produtor Henrique Ribeiro; o assessor Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto Geraldo Martins Medeiros Junior e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana. As amostras genéticas das cinco vítimas foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte.
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De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil, a situação do avião era regular. Sem caixa preta, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) anunciou que deve apurar as causas do acidente a partir do cruzamento de análises do plano de voo com as informações do geolocalizador da aeronave.
A despedida da "rainha da sofrência"
A trágica morte da expoente do feminejo teve grande repercussão no país. O final de semana foi marcado por homenagens de seguidores e declarações de artistas e políticos. Em Goiás, onde nasceu Marília Mendonça, o governador Ronaldo Caiado (DEM) declarou luto oficial por três dias.
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O velório da cantora aconteceu no sábado (6) no Ginásio Goiânia Arena, em meio a milhares de fãs. Seu caixão foi fechado às 16h45 e levado em um caminhão de bombeiros ao cemitério Parque Memorial. Acompanhando os familiares no veículo, estavam as duplas sertanejas Maiara e Maraísa e Henrique e Juliano.
Multidões se juntaram em alguns dos pontos do trajeto de 9km de cortejo para se despedir da chamada "rainha da sofrência".
O sepultamento da cantora e de seu tio e assessor, Abicieli Filho, foi restrito à família e amigos próximos. Nesse domingo (7), no entanto, a parte externa do jazigo amanheceu com mais de 20 coroas de flores.
Edição: Vinícius Segalla
