DIREITO AO TRABALHO

Jojo Todynho cobra Eduardo Paes no Rio: "Camelô não é vagabundo, camelô merece respeito"

Cantora disse em rede social que já foi ambulante nas ruas do Rio e que "auxílio emergencial não dá pra nada"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Jojo Todynho
Cantora fez vídeos em rede social e publicou também imagem de ambulante com os produtos jogados no chão após ação da Guarda Municipal - Reprodução

A cantora Jojo Todynho criticou o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), pelas ações da Guarda Municipal contra o trabalho de ambulantes nas ruas da capital fluminense. No domingo (31), ela postou uma sequência de vídeos na ferramenta "stories", da rede social Instagram, e disse que inclusive esteve no gabinete do prefeito recentemente.

"Não vou mais no teu gabinete conversar com você, não, Eduardo Paes. Não quero palavras, quero atitudes. Aguardo uma resposta tua, porque camelô merece respeito, camelô não é vagabundo", disparou a cantora.

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Jojô disse que os ambulantes precisam trabalhar para sustentar suas famílias "porque o auxílio emergencial [que chegou ao fim no domingo] não dá para nada". A funkeira contou no vídeo que já foi camelô e que "sofreu muito na mão de guardas municipais".

"Qual é o problema de vocês com camelô? É uma vergonha saber da situação dessas pessoas, com família para sustentar, e sendo oprimidas na rua pela Guarda Municipal. Fui camelô e já sofri muito. Hoje, tenho força e posso falar por essas pessoas, porque elas não podem", declarou a cantora.

Na última quarta-feira (27), ambulantes fizeram uma manifestação nas ruas do centro do Rio contra a remoção de locais de trabalho na região. A Prefeitura pretende implementar o programa "Reviver Centro" e não tem projeto que contemple a permanência de camelôs no Largo da Carioca, por exemplo.

A coordenadora do Movimento Unidos do Camelô (MUCA), Maria de Lurdes do Carmo, conhecida como Maria dos Camelôs, disse na semana passada que a categoria "está cansada de ser enrolada pelo poder público. "As pessoas estão há um mês sem trabalhar, passando necessidade, porque a Prefeitura não cumpriu o combinado”.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda