O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) receberá, na próxima sexta-feira (22), o prêmio Esther Busser Memorial Prize, promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), por sua atuação na garantia de condições dignas de vida e de trabalho para a população brasileira. O resultado da premiação foi antecipado pelo colunista Jamil Chade, do portal UOL, na manhã desta quarta-feira (20).
Fundado em 1984, no contexto da redemocratização do Brasil, o MST possui cerca de 350 mil famílias assentadas em 24 estados.
O movimento promove a reforma agrária no país, por meio da ocupação de terras ociosas, latifúndios improdutivos e fazendas que promovem trabalho escravo. O MST aposta ainda na soberania alimentar, na produção de comida sem veneno e no respeito ao meio ambiente, por meio da agroecologia.
Durante a pandemia de covid-19, o MST se notabilizou por doar mais de 5 mil toneladas de alimentos para populações vulneráveis. Com o Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, o movimento já plantou mais de 1 milhão de árvores em todo país.
A premiação da OIT será realizada virtualmente a partir das 8h de sexta. Além do MST, outras quatro entidades serão homenageadas.
Esther Busser, que dá nome ao prêmio, foi uma defensora incansável dos direitos dos trabalhadores. Ela atuou como pesquisadora e diretora adjunta da Confederação Sindical Internacional (ITUC, na sigla em inglês) por uma década e faleceu em 2019, após uma dura batalha contra o câncer.
A OIT, idealizadora do prêmio, é uma agência multilateral da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem com foco a regulação do trabalho, a partir do cumprimento de convenções e recomendações internacionais.
Em breve, mais informações.
Edição: Vivian Virissimo