O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, nesta terça (12), previsão de salto no crescimento econômico da América Latina e Caribe para este ano, com projeção de 6,3% para o continente. Já o Brasil, que divide com o México o posto dos países mais expressivos da região, viu as expectativas desidratarem: a previsão de crescimento caiu de 5,3% para 5,2% em 2021.
Os dados partem do relatório “Perspectiva Econômica Mundial”. Para 2022, a perspectiva de crescimento brasileiro é de 1,5%. Enquanto isso, o México tende a registrar ampliação de 6,2% do PIB este ano e 4% no ano seguinte.
Os cálculos do FMI se baseiam em diferentes fatores, com destaque para o ritmo da vacinação contra a covid-19, tema em que a conduta do governo brasileiro tem despertado negativamente a atenção do mundo.
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Apesar do histórico exitoso do Estado brasileiro em campanhas de imunização, a postura negacionista de Bolsonaro e aliados fez com que a aplicação das doses iniciasse com retardo no país.
Como resultado, o Brasil tem hoje menos da metade – cerca de 47% – da população completamente imunizada e ocupa a 62ª posição no ranking global de vacinação, segundo dados do painel “Our Wolrd in Data”, plataforma da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que monitora a velocidade da imunização no mundo.
A pandemia é também o fator que levou o FMI a projetar riscos ainda de grande alcance para a economia global naquilo que se refere à perspectiva de crescimento. Por conta disso, o fundo alterou o índice de 6% para 5,9% para 2021 e prevê 4,9% em 2022.
Edição: Anelize Moreira