A União Europeia confirmou que enviará uma missão de observação para as eleições regionais de 21 de novembro na Venezuela. Há 15 anos, o bloco não aceita os convites do poder eleitoral venezuelano.
"Depois de anos de tensões e polarizações, as próximas eleições são um possível passo importante para encarar uma solução pacífica e democrática à crise na Venezuela", declarou a chefe da missão, Isabel Santos.
A equipe principal será composta por 11 especialistas e deve aterrissar em Caracas já em outubro para acompanhar as auditorias do sistema eleitoral venezuelano. Até o processo eleitoral serão enviados mais 62 observadores.
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A missão publicará uma declaração preliminar e realizará uma coletiva de imprensa logo após o fechamento das urnas no dia 21 de novembro, quando serão eleitos mais de 3 mil cargos públicos, entre prefeitos, vereadores, governadores e deputados estaduais.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a União Europeia assinaram um Acordo Administrativo, que também prevê recomendações dos especialistas europeus.
O CNE também assinou um acordo semelhante com o Conselho de Especialistas Eleitorais Latino-americanos (Ceela).
O sistema eleitoral venezuelano é considerado um dos mais transparentes do mundo, sendo o primeiro país da América Latina a utilizar a biometria. Este será o 27º processo eleitoral em 22 anos de administrações chavistas.
Edição: Arturo Hartmann