Dados do Boletim InfoGripe, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indicam possível retomada no crescimento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), umas das principais consequências da covid-19.
As informações coletadas pela Fundação são referentes à semana de 8 a 14 de agosto. Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte apresentaram tendência de crescimento de longo prazo, referente às últimas seis semanas.
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Em outras dez unidades da federação, foram observados sinais de alta em curto prazo. Apenas cinco estados apesentam tendência de queda: Alagoas, Paraíba, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. Esse último tem subnotificação de casos de SRAG por diferenças no sistema utilizado para a contagem.
No Rio de Janeiro, por exemplo, há indicativos fortes de aumento de casos em prazo mais longo. No Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe verificou-se estabilidade a longo prazo e indícios moderados de crescimento a curto prazo.
No caso das capitais, a Fiocruz apontou sinalizações de aumento nos casos em Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Em todos esses cenários, a tendência também é de longo prazo.
Na avaliação das tendências de curto prazo, há alertas para Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Velho (RO) e Teresina (PI). Em Belém (PA), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL) e Palmas (TO) foram observados sinais de queda nas ocorrências.
Além disso, a Fiocruz ressaltou que os dados semanais da SRAG continuam elevados no Brasil. Em todas as unidades federativas há macrorregiões em níveis altos de ocorrências.
“Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão e proteção à vida”, afirmou o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes,. Para o pesquisador, é preciso reavaliar a flexibilização das medidas de proteção contra a covid.
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Os indicadores de transmissão comunitária também colocam todo o território brasileiro em estado de atenção. Todas as capitais estão em regiões que apresentam números expressivos, que são considerados altos ou extremamente altos.
Segundo Marcelo Gomes, "Tal situação manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população locais".
Edição: Vinícius Segalla