Neste inverno, o Brasil está enfrentando temperaturas muito baixas. A onda de frio já deixou 12 pessoas mortas em São Paulo e registrou neve em Santa Catarina por três dias seguidos. Em outros países, também foi possível observar grandes mudanças no clima. Canadá e China, por exemplo, registraram 49ºC no fim do mês passado (o Hemisfério Norte está passando pelo verão atualmente) e sofreram com grandes enchentes poucas semanas após o grande calor.
De acordo com Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima, os casos são fruto da destruição ambiental. “A crise climática que já vivemos é causada por um aumento sem precedentes da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Aumento esse que é causado pelo homem. E o mais conhecido é o CO2 (gás carbônico), emitido pelas indústrias”, explica.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o mundo está chegando perto de um aquecimento médio de 1,5ºC. Segundo estudo publicado na revista Mudança Climática na Natureza, nos próximos 30 anos, as temperaturas recordes vão se tornar duas a sete vezes mais frequentes no mundo.
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De acordo com Rafael Franca, professor do departamento de geografia da Universidade de Brasília (UnB), a população mais pobre é a que mais sofre com a situação.
“Quando uma chuva forte atinge uma cidade, ela não atinge a todos os habitantes desta cidade da mesma forma. Populações que vivem nessas situações de vulnerabilidade irão enfrentar maiores impactos. Então, a população em vulnerabilidade é sempre a mais atingida, o risco climático para elas é maior”, afirma.
Edição: Vinícius Segalla