Centenas de manifestantes ligados a movimentos populares urbanos ocuparam nesta sexta-feira (16) as ruas de cidades das cinco regiões do país.
A Jornada de Lutas demandou mais agilidade na vacinação contra a covid-19, auxílio emergencial de no mínimo R$ 600 e a conclusão de projetos habitacionais que garantam moradia para a população trabalhadora.
Organizadas em 12 estados, as manifestações ocorreram em capitais e regiões metropolitanas e reforçaram a convocação para o ato nacional do dia 24 de julho contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
:: Condições precárias de moradia dificultam isolamento vertical nas periferias ::
Em unidade com os atos massivos que emparedam o governo federal, a Jornada de Lutas manteve as bandeiras “Vacina no Braço, Comida no Prato e Fora Bolsonaro”, acrescentando mais uma palavra de ordem: "Moradia Popular".
Déficit habitacional
Durante os atos, foi enviada ao Governo Federal uma carta elencando as pautas e reivindicações das organizações populares.
"Segundo dados oficiais, faltam 5,87 milhões de moradias no Brasil, sendo que 75% dessas famílias têm renda inferior a 2 salários mínimos. Não há política habitacional para essas famílias", afirma o documento. Leia a versão completa aqui.
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Entre os movimentos que articularam a ação estão a Central dos Movimentos Populares, a Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia, o Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos e a União Nacional por Moradia Popular.
Veja os principais protestos
Em Recife (PE), centenas de manifestantes bloquearam os dois sentidos da BR-101, na região oeste da cidade:
Em Belo Horizonte (MG), a mobilização foi realizada em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O protesto foi contra a privatização da Companhia Estadual de Habitação e por mais participação popular nas políticas urbanas e habitacionais:
Em Natal (RN), a passeata ocupou as ruas do bairro do Alecrim, foi até o centro da cidade e terminou na Praça dos Três Poderes. Manifestantes denunciaram a remoção de moradores realizada pela Prefeitura:
Edição: Rebeca Cavalcante