Apontado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) como o principal conselheiro de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o empresário e pastor Silas Malafaia mantém uma dívida de R$ 4,6 milhões em impostos com a União.
O valor da dívida atual é três vezes maior do que em dezembro de 2018. O aumento do débito coincide com o período em Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil, em janeiro de 2019.
As dívidas estão concentradas em duas empresas de Malafaia, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, com sede no Rio de Janeiro, e a Editora Central Gospel, também localizada em território fluminense.
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A Contribuição Social do Lucro Líquido (CSSL), um dos impostos que Malafaia sonega, é um alvo da bancada evangélica no Congresso Nacional. Os parlamentares defendem que esse tributo, quando acumulado pelas igrejas, deva ser perdoado pelo governo federal.
As informações foram adquiridas pelo UOL, por meio da Lei de Acesso à Informação. Em entrevista ao site, Malafaia confirmou o calote na União: “Esses meus débitos têm a ver com tributos mesmo que eu tenho que pagar, pedir para renegociar.”
Em 2013, Silas Malafaia foi o pastor que conduziu a cerimônia de casamento de Jair Bolsonaro com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Desde então, o líder religioso e empresário se aproximou do presidente e participou ativamente de sua campanha nas eleições de 2018.
Edição: Rebeca Cavalcante