Eleições no Peru

Peruanos e peruanas vão às ruas contra candidatura de Keiko Fujimori

Marcha "Pelo Peru #KeikoNoVa" acontece a duas semanas do 2° turno das eleições; candidato de esquerda amplia vantagem

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Manifestante na cidade peruana de Cusco, segura um cartaz com os dizeres: "Peruano acorde! Lembre os anos 90. Fujimori nunca mais!". - @efrain_a_c

Movimentos populares, organizações civis, sindicatos e organizações estudantis realizam na tarde deste sábado (22), a marcha "Pelo Peru #KeikoNoVa", em rechaço à candidatura direitista de Keiko Fujimori. O segundo turno das eleições no país andino acontecerá no domingo 6 de junho, entre Keiko e o candidato de esquerda Pedro Castillo.

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Uma pesquisa realizada nesta sexta-feira (21), pela empresa Datum Internacional, divulgada pelo jornal Gestión mostra que Castillo Castillo ampliou a vantagem sobre Fujimori.

Segundo o levantamento, o candidato do partido Peru Livre, tem 44,9% das intenções de voto, contra 40,1% de Keiko, que é filha do ditador Alberto Fujimori.  A pesquisa foi feita entre 18 e 20 de maio com 1.201 pessoas.

As marchas "Pelo Peru #KeikoNoVa", são realizadas em Lima e outras cidades do país andino, e visam denunciar o fujimorismo representado na candidatura de Keiko.

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O movimento organizado de rejeição a Keiko não é novo. Nasceu em 2009 contra a sua primeira candidatura presidencial. O espaço continuou crescendo, e em 2016 foi realizada uma grande mobilização contra sua segunda tentativa de conquistar o cargo de presidenta.

Desta vez, vários espaços já expressaram diferentes formas de apoio ao candidato de esquerda, Pedro Castillo, para “fechar as portas de uma vez por todas e para sempre à máfia de Fujimori”, como diz, em nota, o coletivo No a Keiko.

Uma das denúncias de violações dos direitos humanos durante a era da ditadura fujimorista é a esterilização forçada de milhares de mulheres, que hoje continuam exigindo verdade, justiça e reparação. Recentemente, Keiko defendeu as esterilizações forçadas afirmando que foram políticas de "planejamento familiar".

Edição: Mauro Ramos