O governo do Maranhão, comandado por Flávio Dino (PCdoB), vai autuar o presidente Jair Bolsonaro por ter promovido aglomerações durante sua passagem pelo estado nesta sexta-feira (21), segundo informa a equipe de comunicação do governo maranhense.
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— D98 (@D98MA) May 21, 2021
Decreto estadual prevê pagamento de multa para quem desrespeitar as medidas restritivas adotadas para conter o avanço do coronavírus. Sem máscara, Bolsonaro se aglomerou com apoiadores em mais de uma cidade justamente no dia em que foram identificados casos da cepa indiana do coronavírus no estado, considerada extremamente agressiva.
Parada não prevista em Senador La Roque no Maranhão.@jairbolsonaro pic.twitter.com/uJL6h2e9t3
— MarioFrias (@mfriasoficial) May 21, 2021
Durante os atos com os apoiadores, além de desrespeitar as medidas restritivas, o presidente atacou Flávio Dino, o comparando com o líder da Coreia do Norte, Kim Jon-un.
:: Pelo Maranhão, variante indiana da covid-19 chega ao Brasil e acende alerta ::
Dino respondeu dizendo que não tem tempo “para molecagens”, e o presidente do diretório do PCdoB no Maranhão, deputado federal licenciado Márcio Jerry, anunciou que vai acionar a Justiça Eleitoral contra Bolsonaro por campanha eleitoral antecipada.
Estamos vivendo uma fase especialmente desafiadora da pandemia. A equipe da saúde tem trabalhado muito. E hoje resolveu lavrar Auto de Infração contra o presidente da República, pela promoção no Maranhão de aglomerações sem nenhum cuidado sanitário. A lei é para todos.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) May 21, 2021
“Bolsonaro fez hoje (21), em Açailândia, nova propaganda eleitoral negativa antecipada. Usando dinheiro público, o que é absolutamente ilegal. Farei em nome do PCdoB do Maranhão representação contra ele à Procuradoria Regional Eleitoral”, disse Jerry.
O auto de infração que o governo do Maranhão aplicará contra Bolsonaro por promover aglomeração está sendo redigido na noite desta sexta. Trata-se da primeira atitude do tipo tomada por uma mandatário estadual contra os passeios do presidente em meio à pandemia.