Vacinação

CPI da Covid recebe executivos da Pfizer; entenda o que se espera deles e acompanhe

Marta Díez, presidente da empresa no Brasil, e seu antecessor no cargo, Carlos Murillo, depõem a partir das 10h

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Depoimento desta quinta pode ajudar a esclarecer por que o Brasil demorou tanto ao contratar vacinas ofertadas pelo laboratório estadunidense - Divulgação / Agência Senado

Os executivos Marta Díez, presidente da multinacional Pfizer no Brasil, e seu antecessor no cargo, Carlos Murillo, serão ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na condição de testemunhas a partir das 10h desta quinta-feira (13), no Senado Federal.

Os dois representantes da empresa estadunidense foram convocados para ajudar a esclarecer a demora do Brasil para fechar um contrato de aquisição de vacinas com a empresa.

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Conforme relatado por Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência, a Pfizer enviou uma carta ao governo brasileiro oferecendo vacinas em 12 de setembro de 2020.

Na lista de receptores da carta estavam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice Hamilton Mourão (PRTB), e os ministros Paulo Guedes e Eduardo Pazuello (que já deixou o cargo), da Economia e da Saúde, respectivamente.

Wajngarten relatou à CPI que a carta sequer foi respondida até 9 de novembro de 2020. Foi quando ele próprio tomou a iniciativa de se reunir com Carlos Murillo, da Pfizer, e ajudou a fazer uma ponte com Bolsonaro para viabilizar a compra do imunizante.

Foi só depois de seis meses do recebimento da carta que houve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a compra de vacinas da Pfizer. A empresa afirma que tinha condições de entregar 70 milhões de doses para aplicação em dezembro de 2020. Até hoje, o Brasil vacinou menos de 18 milhões de pessoas com as duas doses, somando os imunizantes de todos os fabricantes.

A respeito do assunto, todas as informações que se conhecem sobre o caso foram fornecidas por integrantes ou ex-integrantes do governo Bolsonaro. Os senadores que compõem a CPI esperam que Díez e Murillo ajudem a revelar outras peças desse quebra-cabeça, de modo a auxiliar na apuração de possíveis omissões e irregularidades da parte do governo federal.

Acompanhe o depoimento minuto a minuto:

Edição: Vinícius Segalla