O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), disse nesta sexta-feira (30) que a ação encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com uso das Forças Armadas e em parcerias com empresários do Ceagesp, de distribuir alimentos à população pobre do município, possuía todos os ingredientes de uma ação populista e ineficaz, e não de solidariedade ou parte de uma política consistente de enfrentamento da fome.
"O presidente fez uso do Exército para entregar uma sacola com hortifrutigranjeiros dentro para cada família. Usou o exército, mas não informou o ente federado de que faria. Por que não? Nós teríamos ajudado, organizado, tornado mais efetiva", começou o prefeito, que fez as declarações durante live do Brasil de Fato de que participou, junto com o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.
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Ele prosseguiu: "Não se combate a fome distribuindo alimentos em só dia. Não se combate a fome humilhando famílias, deixando-as em uma fila por uma noite toda, para entregar uma sacola com verduras. Isso é do tempo de distribuição de arroz e feijão em sacos aos flagelados da seca, uma cena que via na década de 1980. Os governos populares já mostraram como se dá combate efetivo à fome, é com programas sociais perenes, estudados".
Ainda de acordo com o Edinho, as autoridades federais e as redes informais de apoio ao presidente da República espalhou a notícia, na última quarta-feira (28) que haveria distribuição de comida na cidade, informando falsamente que seriam cestas básicas, e não sacolas com legumes. A ação fez com que famílias de diversos municípios da região se deslocassem até Araraquara.
"Ele foi, distribuiu as suas verduras em um dia, e o que adianta para transformar a realidade?", questionou o prefeito, que informa que a taxa de pobreza extrema em Araraquara gira em torno de 1% da população, e que há programas sociais no município que tentam mitigar o problema.
Veja, abaixo, a live com Padilha e Edinho Silva.
Veja, abaixo, a live do ex-ministro Padilha e do prefeito Edinho Silva.
Edição: Vinícius Segalla