O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou, nessa quarta-feira (17), o embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, para consultas após declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre seu homólogo, Vladimir Putin.
A convocação ocorre em decorrência da fala de Biden, durante uma entrevista à ABC News. Na ocasião, o entrevistador George Stephanopoulos pergunta, em relação ao opositor Alexei Navalny, se o mandatário norte-americano acredita que Putin "é um assassino". "Sim, acho que sim", respondeu o democrata.
A reação de Moscou foi convocar seu embaixador em Washington para consultas sobre seus laços com os Estados Unidos, embora o governo russo tenha esclarecido que queria evitar uma "deterioração irreversível" das relações.
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"O embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, foi convidado a vir a Moscou para consultas com o objetivo de analisar o que deve ser feito e aonde ir no contexto das relações com os Estados Unidos", disse a chancelaria russa.
Depois de saber do apelo da Rússia ao seu embaixador, o Departamento de Estado dos EUA disse que continuará trabalhando com o Kremlin, mas se recusou a especificar se também convocará seu representante diplomático em Moscou.
Biden também garantiu que Moscou "pagará um preço" pela suposta ingerência nas últimas eleições, que se somariam às já denunciadas em 2016, quando Donald Trump derrotou Hillary Clinton. Quando questionado sobre as medidas a serem tomadas, afirmou: "Você verá em breve."
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A Rússia, por sua vez, defendeu-se das acusações de interferência eleitoral. O governo russo apontou que o relatório apresentado pelas autoridades estadunidenses "é incorreto, completamente infundado e sem evidências".
"A Rússia não interferiu nas eleições anteriores e não influenciou nas eleições de 2020", afirmou o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov.
*Com informações da Télam.