A semana de 07 a 13 de março foi a mais letal desde o início do surto de covid-19 no Brasil, em março do ano passado. Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste sábado (13), mais de 500 mil novas contaminações e um total de 12.766 óbitos foram registrados nos últimos sete dias.
Foram registrados 1.986 mortes somente nas últimas 24 horas e pouco mais de 75.500 infecções. No total, 277.091 brasileiros perderam a vida para a doença respiratória e mais de 11,4 milhões de pessoas já foram contaminadas.
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Epicentro da pandemia, o país também quebrou recordes consecutivos nos últimos dias. A média móvel de óbitos, a soma das mortes dos últimos sete dias divida por sete, é de 1.824. Já a média móvel de novas infecções é de 71.443. Tais níveis nunca haviam sido registrados.
Ainda de acordo com o Conass, a taxa de letalidade nacional é de 2,4%.
Sem leitos
Boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na última quinta (11) constatou o iminente colapso do sistema de saúde em território nacional.
As taxas de ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) destinadas aos pacientes adultos com covid-19 é igual ou superior a 80% em 19 estados e no Distrito Federal.
Em 13, a taxa é superior a 90%. Entre eles Mato Grosso do Sul, que atingiu 100%, Mato Grosso (96%), Goiás (97,3%) e Distrito Federal (95,4%).
Em resposta ao esgotamento de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde publicou uma portaria nesta sexta-feira (12) que libera R$ 188,2 milhões para o financiamento de 3.965 novas unidades de UTI em municípios de 21 estados.
A habilitação desses leitos será de caráter excepcional e temporário, por 90 dias, com possibilidade de renovação. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Edição: Douglas Matos