Com 23,14% de não comparecimento às urnas, o Brasil registrou o maior índice de abstenções em pleitos municipais dos últimos 20 anos no 1º das eleições 2020, realizadas no domingo (15). O número de abstenção entre as pessoas aptas a votar aumenta a cada eleição em nível municipal. Em 2016, o índice foi de 17,6%. Em 2012, a ausência foi de 16, 41%.
Em meio à pandemia do novo coronavírus e da crise política que assola o país, as abstenções foram ainda maiores em grandes colégios eleitorais. Em São Paulo, por exemplo, o índice chegou a 29,29%.
Já no Rio de Janeiro, o número foi ainda maior: 32,79%. Em Salvador, na Bahia, 26,46% dos eleitores não compareceram.
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Ainda que a ausência tenha sido recorde, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, congratulou a participação dos cidadãos.
“Os níveis de abstenções foram inferiores a 25%, portanto, em plena pandemia, nós tivemos um índice de abstenção pouca coisa superior a das eleições passadas. Eu gostaria de cumprimentar, de coração, o eleitorado brasileiro que compareceu em massa apesar das circunstâncias”, disse Barroso em coletiva de imprensa no domingo (15).
Outras capitais também registraram índices de abstenção relevantes. Em Florianópolis, em Santa Catarina, no sul do país, houve 28,65% de ausência, mais que o dobro do registrado em 2016.
Vitória, no Espírito Santo, teve 10,8% de abstenções nas eleições municipais de 2016 e registrou 25,45% no primeiro turno deste pleito. Manaus, capital amazonense, também passou de 8,6% no pleito anterior para 18,23% em 2020.
Edição: Rebeca Cavalcante