O Grupo de Puebla lançou, nessa quinta-feira (11), um manifesto que promove o debate e a construção de um projeto político coletivo e alternativo na América Latina e no Caribe contra o modelo neoliberal.
A proposta da articulação política regional que reúne importantes lideranças progressistas da América Latina foi divulgada através do site oficial do grupo e em suas redes sociais.
O documento aborda questões como democracia, Estado, construção da cidadania, justiça social, pandemia, criação de empregos, perseguição judicial, integração regional e a necessidade de defender a Venezuela, a Nicarágua e Cuba dos ataques da direita e das oligarquias, entre outros.
Em 33 pontos, a organização propõe instituir um modelo de desenvolvimento solidário como ponto de partida para consolidar a democracia, reduzir a desigualdade, permitir a consolidação dos direitos humanos e contribuir para o crescimento estável das economias.
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Neste sentido, as propostas contidas no documento defendem a retomada do papel ativo do Estado e a liderança que teve em outro momento da região, para estimular a responsabilidade social do mercado, revogar as privatizações e promover um maior controle público.
O texto propõe ainda políticas de promoção da igualdade, eliminação da pobreza, criação de empregos decentes, aumento dos salários e políticas sociais mais inclusivas, bem como uma renda básica de solidariedade para proteger os cidadãos latino-americanos e caribenhos.
No atual contexto, tem particular relevância a proposta de resistir e combater a guerra híbrida, bem como de rejeitar a guerra jurídica (lawfare), reconhecida como um novo instrumento na agenda da direita (e dos Estados Unidos) para desmantelar qualquer resistência política ao modelo neoliberal.
Em relação à pandemia, o manifesto progressista aponta que, além das penosas perdas pelas mortes causadas por covid-19 e intensificadas pela postura negacionista e irresponsável de alguns governos (como o do Brasil), a pandemia agravou e aprofundou a crise econômica na região.
O manifesto pode ser lido, na íntegra, no site do Grupo de Puebla (em português).
Edição: teleSUR