Legislativo

Quase 200 homens, nenhuma mulher: país nunca teve uma presidenta da Câmara ou Senado

Luiza Erundina (PSOL) e Simone Tebet (MDB) foram derrotadas esta semana nas disputas das casas legislativas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Luiza Erundina (PSOL) concorreu à presidência da Câmara em 2021 - José Cruz/Agência Brasil

O Brasil nunca elegeu uma mulher para a presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. Esta semana, mais dois homens foram eleitos para a presidência das casas legislativas, totalizando 170 representantes masculinos.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), derrotada por Eduardo Pacheco (DEM-MG) no último dia (1º), foi a primeira mulher a se candidatar à presidência do Senado em 195 anos de história da casa.

Luiza Erundina (PSOL-SP) foi a única mulher a disputar a presidência da Câmara para o próximo biênio. Na disputa, Arthur Lira (PP-AL) elegeu-se em primeiro turno.

Com esses resultados, o Legislativo continua sendo o único poder que nunca foi liderado por mulheres no Brasil. Ellen Gracie e Cármen Lúcia já presidiram o Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do Judiciário, e Dilma Rousseff esteve à frente do Executivo por dois mandatos, até o golpe de 2016.

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Recordistas

O mineiro Sabino Barroso foi o brasileiro que ocupou por mais tempo a presidência da Câmara: de 14 de maio de 1909 até 25 de novembro de 1914 e de 6 de julho de 1917 a 6 de julho de 1919.

O catarinense Nereu Ramos é o único que tem em seu currículo os cargos de presidente da República (1955-1956), do Senado (1951-1954) e da Câmara (1946-1951).

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Edição: Camila Maciel