O Papa Francisco completou 84 anos nessa quarta-feira (17). O líder da Igreja Católica, nascido na Argentina, é conhecido por suas posições progressistas e defesa das lutas populares na América Latina e no mundo.
Em sua última encíclica, divulgada nesse 14 de dezembro, o pontífice reiterou sua crítica à propriedade privada e à concentração de renda, recordando a história do Papa Gregório I, que afirmou que "quando damos aos indigentes o que lhes é necessário, não oferecemos o que é nosso; limitamo-nos a restituir o que lhes pertence”.
:: Papa Francisco critica neoliberalismo e “vírus do individualismo” em nova encíclica ::
No documento, Francisco diz almejar ainda "um planeta que garanta terra, teto e trabalho para todos". "Este é o verdadeiro caminho da paz, e não a estratégia insensata e míope de semear medo e desconfiança perante ameaças externas", afirma.
Na Páscoa deste ano, o pontífice dedicou uma carta às e aos integrantes dos movimentos populares e organizações sociais globais. Naquela ocasião, com palavras emocionantes que expressam sua proximidade com os movimentos populares, recordando encontros ocorridos no Vaticano e em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, o Papa Francisco enalteceu o trabalho realizado por essas organizações em meio à pandemia do novo coronavírus.
"Penso nas pessoas, sobretudo nas mulheres, que multiplicam o pão nos restaurantes comunitários, cozinhando com duas cebolas e um pacote de arroz um delicioso refogado para centenas de crianças; penso nos doentes, penso nos idosos. Nunca aparecem nos grandes meios de comunicação. Tampouco aparecem os camponeses e agricultores familiares que seguem lavrando para produzir alimentos saudáveis sem destruir a natureza, sem monopolizar ou negociar com a necessidade do povo. Quero que vocês saibam que nosso Pai Celestial olha por vocês, os valoriza, reconhece e os fortalece em sua escolha", escreveu.
Veja a carta do Papa Francisco na íntegra:
Edição: Luiza Mançano