O Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira (16), a marca de 7 milhões de infectados pela covid-19. Com novas 70.574 confirmações nas últimas 24 horas, o país atingiu o maior patamar até agora em termos de números de casos de novo coronavírus em apenas um dia. O recorde anterior era do dia 29 de julho, quando se teve 69.074.
Diante dos números desta quarta, o total agora é de 7.040.608 de brasileiros contaminados pela doença, segundo boletim do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Apenas o estado de São Paulo não apresentou os números das ultimas 24 horas e por isso não entra na conta desta data.
Considerando as marcas anteriores de 5 e 6 milhões, desta vez o ultimo milhão de casos no país foi registrado em um intervalo mais curto de tempo. Entre 7 de outubro e 20 de novembro, o Brasil saltou de 5 para 6 milhões de casos, ou seja, em um período de 44 dias. Desta vez, para sair de 6 milhões e atingir a marca de 7 milhões, foram apenas 26 dias, o que demonstra um maior descontrole no ritmo da pandemia em solo nacional.
Segundo o Conass, a média móvel de casos foi de 44.594 nos últimos sete dias. No dia 1º de dezembro, ou seja, quinze dias atrás, ela estava em 38.297.
O número de óbitos também segue em alta: foram mais 936 em apenas um dia. Agora o Brasil computa um montante de 183.735 mortes pelo novo coronavírus. A média móvel está em 677, considerando os registros da ultima semana.
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E a vacina?
Após intensas pressões e articulações políticas de gestores estaduais e municipais, o governo Bolsonaro apresentou formalmente, na manhã desta quarta-feira (16), o plano nacional de imunização contra a covid-19. Segundo o prognóstico, 51 milhões de pessoas devem ser vacinadas no país na primeira do processo, que terá duração total de 16 meses. A gestão, no entanto, não informou em que data pretende começar a aplicar as doses, o que gerou novas críticas.
Horas depois, após mais um encontro entre gestores locais e Ministério da Saúde (MS) em Brasília (DF), o presidente do Consorcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias (PT), disse à imprensa que a ideia é iniciar a vacinação até 21 de janeiro. O mandatário afirmou que a informação foi dada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que não se pronunciou oficialmente sobre a questão.
“Nós acertamos aqui um procedimento por parte do MS que prevê assinaturas de contrato, negociações em condições de até 21 de janeiro – via Fiocruz, via Butantan, via Pfizer ou outras [farmacêuticas] que venham a fornecer vacina – se ter as condições de início de vacinação no Brasil. Pode ser antes, mas o cronograma é de não ser depois”, afirmou Dias.
Saiba o que é o novo coronavírus
É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.
Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Edição: Rodrigo Chagas