Neste Natal, os alimentos da reforma agrária e da Economia Solidária poderão estar na ceia de famílias que enfrentam a fome neste período de pandemia e crise econômica. A proposta vai unir os esforços de trabalhadores do campo e da cidade para a doação de cestas com produtos de qualidade, industrializados e in natura, em Curitiba e na região metropolitana da capital paranaense.
A contribuição da cidade será a partir da compra da “Cesta Esperança”, que é o kit organizado pela articulação Produtos da Terra PR, voltado especialmente para doações. A cesta é formada por 12 itens, todos vindos de cooperativas da reforma agrária do Paraná e também de Santa Catarina, e por padarias comunitárias de Curitiba e região. O kit custa R$ 70, valor equivalente ao preço de custo dos produtos e da logística, como transporte e embalagem das cestas.
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A diversidade e origem dos itens expressa a força da Reforma Agrária e da Economia Solidária. Confira de onde vem cada produto: panetone de frutas, produzido pela Padaria Comunitária Amizade, de Piraquara; arroz, vem da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Avante (COANA), em Querência do Norte; feijão e farinha de mandioca, da Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização Conquista (COPACON), de Londrina; café, da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Norte Pioneiro (Coanop), de São Jerônimo da Serra.
A cesta tem ainda: macarrão caseiro, produzido pelo Coletivo de Mulheres do acampamento Maria Rosa do Contestado, de Castro; leite e a bebida láctea de chocolate, o famoso “Terrinha”, da marca Terra Viva, vendido também em mercados e produzido pela Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo Oeste (Cooperoeste), de São Miguel do Oeste; e doce de fruta orgânica, da Cooperativa Terra Livre, com beneficiamento e distribuição de alimentos agroecológicos, localizada no Assentamento Contestado, na Lapa.
Para além destes itens, famílias do MST de acampamentos e assentamentos do Paraná vão doar alimentos frescos, in natura, que vão complementar a cesta. Das hortas familiares e comunitárias virão frutas da época, legumes, verduras e tubérculos, a maioria produzidos sem o uso de agrotóxicos.
Para as camponesas e camponeses sem terra, essa ação é a continuidade da campanha iniciada pelo Movimento no começo da pandemia. Só no Paraná, cerca de 442 toneladas de alimentos já foram partilhadas por 121 assentamentos e 51 acampamentos, espalhados por 80 municípios.
::Famílias do MST já doaram 430 toneladas de alimentos durante a pandemia no Paraná::
“Além de garantir a ceia e a celebração da vida neste Natal, queremos que esse kit de alimentos seja símbolo de esperança. Que cada item ganhe um sabor especial e fortaleça nas mulheres, homens, jovens, crianças e idosos o desejo de construir uma realidade mais justa para todas e todos”, enfatiza Cristiano Czycza, integrante da Cooperativa Central de Reforma Agrária do Paraná (CCA) e que integra a organização da Cesta Esperança.
A meta é chegar a duas mil famílias em situação de vulnerabilidade da periferia de Curitiba e região metropolitana, que já tenham sido apoiadas por ações de solidariedade do MST. As entregas serão realizadas na semana no Natal, por isso a data limite para se somar a essa ação é dia 10 de dezembro, no site dos Produtos da Terra Pr.
Cestas Produtos da Terra
Além da "Cesta Esperança", voltada especialmente para doações, trabalhadores e trabalhadoras da Economia Solidária, de cooperativas da reforma agrária e da agricultura familiar oferecem as Cestas de Natal Produtos da Terra.
As cestas são uma opção de presente consciente neste período de festas, compostas por alimentos sem agrotóxicos, produção coletiva e baseadas em uma relação mais próxima entre quem produz e quem consome.
Os kits estão disponíveis em três tamanhos e preços diferentes: pequena, com 10 itens e com custo de R$ 60; média, com 15 itens e a R$ 135; e grande, com 18 itens, por R$ 175. As cestas são embaladas em uma ecobag produzida por uma união de costureiras da Rede Mandala - Rede Paranaense de Economia Solidária Campo-Cidade.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Lia Bianchini