O número de eleitores que deixou de comparecer às urnas no domingo (29) para eleger o novo prefeito do Rio de Janeiro bateu recordes. Quando somados aos votos nulos e brancos (eleitores que compareceram nas zonas eleitorais, mas deram um voto de protesto ao não escolher nem um nem outro candidato), eles quase alcançam a soma dos votos de Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos).
Os que não foram às zonas eleitorais para votar são 1.720.154. Dados atualizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) horas depois da vitória de Paes permitem ver que 431.104 eleitores anularam o voto na urna e 157.610 apertaram a tecla do voto branco na seção. A soma das abstenções e dos votos nulos e brancos alcançam 2.308.868 eleitores.
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O ex-prefeito Eduardo Paes foi eleito com 1.629.319 votos enquanto Crivella, derrotado nas urnas e sem conseguir se reeleger para o segundo mandato, obteve 913.700 votos. A soma dos dois candidatos no segundo turno é de 2.543.019 votos, apenas 234.151 votos a mais que a soma de abstenções, brancos e nulos.
Considerado o bairro "mais idoso" de todo o Brasil, Copacabana, na zona Sul carioca, foi a região com o maior nível de abstenção neste segundo turno. A 5ª Zona Eleitoral, que compreende Copacabana e Leme, bairro vizinho, registrou ausência de 47,32% do eleitorado apto a votar no domingo (29).
O alto índice de faltosos, que pode ter sido causado pela rejeição aos candidatos Paes e Crivella e pela pandemia da covid-19, é o maior na história das disputas de segundo turno em eleições cariocas, superando o da eleição passada, quando o atual prefeito disputou a vaga com o deputado federal Marcelo Freixo (Psol) e as abstenções foram de 1.314.950.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda