O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), disse que não tem dinheiro em caixa para pagar em dia a primeira parcela do 13º salário de mais de 174 mil servidores municipais da ativa, aposentados e pensionistas. A declaração foi dada na última quinta-feira (26) na TV Record, durante debate de candidatos à Prefeitura.
"Estamos fazendo uma luta enorme para pagar agora em dezembro. Os salários de novembro estão garantidos. O 13º depende de eu conseguir uma adiantamento de receitas de royalties do petróleo. A Advocacia-Geral da União (AGU) deu parecer favorável", afirmou o prefeito, acrescentando que depende do Tribunal de Contas do Município (TCM) aprovar a operação.
Ao jornal O Globo, o presidente do TCM, Thiers Montbello, disse que recursos de royalties de petróleo não podem quitar folhas de pagamento. "O prefeito está no comando da cidade há quatro anos. Já deveria saber que recursos de royalties não podem ser usados para honrar pagamentos da folha mensal ou o 13º salário".
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Nas redes sociais, o vereador Tarcísio Motta (Psol) disse que Crivella está fazendo uma "manobra eleitoreira", já que a primeira parcela deveria ser paga até a próxima segunda-feira (30) e o segundo turno das eleições para a Prefeitura ocorrerá um dia antes, no domingo.
"Além do absurdo de deixar trabalhadores sem saber quando receber, o silêncio da prefeitura de Crivella parece ser uma covarde manobra eleitoreira. Isso porque um eventual anúncio de atraso seria a pedra final no caixão do pior prefeito do Rio. Tchau, Crivella", afirmou o parlamentar.
Reeleição?
Pesquisa divulgada na noite da última quinta-feira (27) pelo Datafolha mostra o candidato e ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) com 70% dos votos válidos na preferência do eleitorado carioca. Já o atual prefeito do Rio tem 30% dos votos válidos na sondagem realizada pelo instituto, que entrevistou 1.148 eleitores nos dias 24 e 25 de novembro.
Edição: Eduardo Miranda