Os paulistanos demonstraram, nas urnas, o desejo de mudar a perspectiva política sobre a cidade. Entre os 55 vereadores eleitos na capital paulista, 32 se reelegeram. Em 2016, foram 36. Entre as novidades, estão Erika Hilton (PSOL) e Thammy Miranda (PL), as duas primeiras pessoas trans eleitas para a Câmara Municipal.
Voto comum do eleitorado paulistano, dessa vez nenhum policial militar foi eleito para o parlamento paulistano. Entre as forças que integram a Segurança Pública, somente Mário Palumbo (MDB), delegado da Polícia Civil, conseguiu se tornar vereador.
Sem qualquer representante entre os 55 vereadores de São Paulo na eleição de 2016, as mulheres negras voltam ao parlamento, serão quatro: Elaine Mineiro (PSOL), Luana Alves (PSOL), Erika Hilton (PSOL) e Sonaira Fernandes (Republicanos).
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Ao todo, serão dez parlamentares negros. Em 2016, eram 5. Além das quatro mulheres, outros seis vereadores se declaram pardos ou pretos: Alessandro Guedes (PT), Senival Moura (PT), Alfredinho (PT), Milton Leite (DEM), Fernando Holiday (Republicanos) e André Santos (Republicanos).
De acordo com o Censo 2010, 37% da população paulistana é formada por negros. Na Câmara Municipal, pretos e pardos serão 20%. Juliana Cardoso (PT) se reelegeu e seguirá como única indígena do parlamento paulistano.
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A esquerda conseguiu crescer, saindo de 11 para 14 vereadores. PSDB e PT possuem as maiores bancadas, com 8 parlamentares cada, seguidos por PSOL e DEM, com 6 representantes.
Nomes rejeitados
Parlamentares antigos, que acumulam mandatos dentro da Câmara Municipal, perderam a eleição em 2020. Entre eles, José Police Neto (PSD), que chegou a presidir a Casa, Soninha Francine (Cidadania), Mário Covas Neto (PSDB), Dalton Silvano (DEM) e Reis (PT).
Edição: Leandro Melito