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Senador cobra apuração sobre blecaute no Amapá: “Quem vai pagar por isso?”

Estado do Norte está sem energia desde terça (3); pelos menos 13 dos 16 municípios foram afetados

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Interrupção do serviço de energia veio depois que um incêndio atingiu uma subestação da capital, Macapá - Marcos Santos/USP Imagens

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), provocou o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Amapá para pedir uma apuração sobre o motivo do blecaute que atinge o estado desde terça-feira (3). A interrupção do serviço de energia veio depois que um incêndio atingiu uma subestação da capital, Macapá.

Pelo menos 13 dos 16 municípios do Amapá, incluindo Macapá, foram afetados e o bloqueio tem gerado um cenário de caos nas cidades, com lojas fechadas, problemas nos serviços de comunicação, saúde e abastecimento de água.

Postos e supermercados que têm geradores elétricos viraram pontos de busca para recarregar celulares, bem como o aeroporto da capital lotou por conta de pessoas que tentam fugir do calor na cidade. Moradores também estão estocando água potável por falta do recurso e se aglomerando em filas de caminhões para comprar gelo e tentar conservar os alimentos.

“Independentemente de restabelecer ou não – e a prioridade agora é restabelecer o fornecimento de energia –, é necessário apurar a responsabilidade de quem causou tanto transtorno aos amapaenses. A energia pode ser restabelecida hoje, mas e o transtorno para milhares de famílias amapaenses e de comerciantes em todo o Amapá, que estão tendo prejuízos incontáveis? Quem vai pagar por isso?”, questionou o senador em um vídeo divulgado pela sua assessoria de imprensa.

Em coletiva de imprensa concedida nesta quinta, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que nesta sexta (6) a energia será religada em 70%. O retorno de 100% dos trabalhos de fornecimento será somente depois de 15 dias, segundo o mandatário. O governo diz que aguarda o conserto de um transformador que faz esse tipo de operação.

O governo do estado criou um gabinete de crise para gerir o caos e disse que passou a utilizar geradores para atender hospitais e estações de tratamento de água. Também foi preparado um patrulhamento ostensivo para policiar os bairros durante o período da noite e tentar evitar crimes.

“Faço um apelo para se minimizar ao menos o problema das pessoas que estão mais sofrendo. Apelo ao governador do estado, aos prefeitos, para que se organizem, mobilizem-se em mutirões, garantam carros-pipa pra atender as pessoas, principalmente em bairros periféricos, pra atender quem está precisando neste momento de água. Está faltando água, o básico para as pessoas”, disse Randolfe Rodrigues, na noite desta quinta.

Edição: Rodrigo Chagas