O número oficial de pessoas que já foram contaminadas pelo coronavírus no Brasil chegou a 5.000.694 nesta quarta-feira (7), segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O número é observado em paralelo aos piores patamares de isolamento registrados no país desde o início da epidemia em solo nacional. De acordo com a plataforma de geolocalização e tecnologia Inloco, há quase um mês os índices giram entre 33% e 44%.
Somente nas 24 horas desde a terça-feira (6), foram confirmado 31.553 novos pacientes acometidos pela covid-19. Atualmente, há mais de 468 mil casos ativos em acompanhamento. O total de vidas perdidas para a doença no Brasil chegou a 148.228. Em um dia, foram contabilizados 734 casos fatais. A taxa de letalidade, que mede o número de óbitos entre os que pegaram a doença, é de 3,0% no Brasil, mas São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará têm índices superiores à média nacional.
O crescimento da doença continua quase cinco vezes mais rápido do que o registrado até junho. Foram necessários 114 dias desde o primeiro caso, em fevereiro, até que o país registrasse um milhão de pacientes, no dia 19 de junho. Menos de um mês depois, em 16 de julho, o número de infectados já chegava a dois milhões. A marca dos três milhões foi alcançada 25 dias mais tarde, em 9 de agosto. Também 25 dias depois, em 3 de setembro, o coronavírus já havia atingido quatro milhões de pessoas.
Houve relativa desaceleração na velocidade com que o país chegou a cinco milhões de infectados. O patamar ocorre 34 dias depois da marca de quatro milhões. A tendência acompanha o ritmo menor de crescimento de casos e óbitos, registrado no último mês. No entanto, esses resultados são percebidos após um platô altíssimo. Foram quatro meses com registros semanais de mortes superiores a seis mil casos. Durante quinze semanas, o total de novos infectados por período cresceu acima de 200 mil.
O histórico colocou o Brasil entres as três nações com maior número absoluto de casos da doença. Junto com Estados Unidos e China, o país tem mais de metade dos contaminados do planeta. Atualmente, ocupa o segundo lugar no total de óbitos e é o sexto na lista de mortes por um milhões de habitantes. Com menos de 3% da população mundial, o Brasil tem cerca de 14% dos atingidos pela covid-19 no mundo todo.
Recordes de extrema pobreza
Por causa da pandemia, o Banco Mundial alerta que a extrema pobreza pode voltar a crescer no mundo pela primeira vez em vinte anos. Caso o cenário se confirme, o planeta terá os maiores índices de pessoas vivendo em condições precárias do século. De acordo com relatório da instituição, a crise da covid-19 deve levar entre 88 milhões e 115 milhões de pessoas à miserabilidade este ano. Uma multidão que passará a viver com renda inferior a US$ 1,90 por dia, o equivalente a pouco mais de R$ 10,00.
::Bilionários brasileiros aumentaram suas fortunas em R$ 177 bilhões durante a pandemia::
A pobreza extrema vai afetar mais de 9% da população mundial em 2020. Segundo o Banco Mundial, "a magnitude desse efeito ainda é altamente incerta, mas está claro que a pandemia vai levar ao primeiro aumento da pobreza global desde 1998". O número de óbitos globais causados pela covid-19 é superior a um milhão de pessoas e o total de infectados em todo o planeta está próximo a 36 milhões.
O que é o novo coronavírus?
Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Edição: Rebeca Cavalcante