As manifestações contra os abuso policial na Colômbia continuarão nesta quarta-feira (16). A jornada de mobilização acontece há quase uma semana, e teve como estopim a morte de um advogado de 46 anos, Javier Ordoñez, após ser imobilizado e receber descargas de choques elétricos em uma abordagem policial.
O Comitê Nacional de Paralisação do país convocou um ato em memória das vítimas da repressão policial, que já deixou mais de 10 mortos e centenas de feridos nos últimos seis dias. A homenagem acontecerá nesta quarta (16), junto com um panelaço para protestar contra a passividade do presidente Iván Duque diante da grave situação.
O presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT) da Colômbia, Diogenes Orjuela, afirma que as atividades serão pacíficas e que entre as pautas apresentadas está também a exigência da aprovação do programa de emergência entregue ao governo nacional frente à crise econômica e sanitária devido à pandemia do novo coronavírus.
As entidades populares convocam ainda uma nova jornada nacional contra os abusos policiais para o dia 21 de setembro, destacando a importância de manter as medidas recomendadas para evitar a propagação do vírus nos atos de rua.
A mobilização se dá em meio à programação da Semana pela paz, organizada pelos movimentos e organizações para debater o tema da vida e da paz em meio à barbárie policial e assassinato de lideranças sociais que marcam a violenta realidade do país.
Segundo a Prefeitura de Bogotá, durante as duas primeiras noites de protestos, na semana passada, os policiais atiraram “indiscriminadamente” e causaram a morte de 13 pessoas, além de deixar diversos feridos.
Um grupo de senadores da oposição apresentou, nessa terça-feira (15), um pedido de renúncia contra o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, devido à violência da Polícia de Bogotá e dos soldados do Exército enviados por este Ministério para reforçar as operações da polícia na capital.
*Com informações da teleSUR.
Edição: Luiza Mançano