As queimadas deste ano já atingiram 12,35% do pantanal. 2,3 milhões de hectares foram alcançados pelo fogo no bioma, que se concentra em dois estados: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
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Lar das onças-pintadas e do pássaro tuiuiú, as chamas provocaram a perda de milhares de espécies animais e vegetais, muitas delas ameaçadas de extinção.
Choveu pouco este ano, e áreas que ainda deveriam estar inundadas já estão secas. As temperaturas elevadas e a baixa umidade relativa do ar deixam a região ainda mais exposta ao fogo. O secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, descata que o Pantanal é o bioma mais afetado pelas queimadas.
"Nós nunca tivemos um tamanho incêndio na região do Mato Grosso do Sul nas proporções que tivemos. No mês de agosto nós sabemos que os números são dramáticos. Pantanal é a área mais impactada pelo Brasil hoje, por mais que o número de focos de incêncio na Amazônia e Cerrado sejam superior, mas do ponto de vista do território, nós somos altamente prejudicados", afirma o secretário.
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O tenente-coronel Waldemir Moreira, do Corpo de Bombeiros sul-mato-grossense destaca que 2020 apresenta dados alarmantes: o incêndio já é considerado o maior registrado até hoje.
"Todos os meses deste ano estão batendo, ou superando, da máxima histórica de 1998. No mês de setembro, em apenas 10 dias, já está acima da média", explica Moreira.
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As previsões apontam que esta semana seguirá sem chuva, com temperaturas elevadas nos dois estados do Pantanal. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, em algumas localidades as temperaturas podem superar os 40°C, e a umidade relativa do ar chegar a apenas 20%, o que aumenta o risco de incêndios florestais.
