A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) está novamente sob escolta da Polícia Legislativa desde o último sábado (15) após receber ameaças. A parlamentar está de licença-maternidade e segue em isolamento social no estado do Rio de Janeiro.
Em 2019, a parlamentar obteve escolta da Polícia Legislativa que foi suspensa por conta da pandemia. Agora, a segurança precisou retornar. A proteção da Polícia Legislativa foi acionada pelo Disque Denúncia após informações de novas ameaças contra a parlamentar. O órgão da Câmara, que desde o ano passado fazia a escolta de Talíria Petrone, já enviou uma equipe ao município de Niterói, na região metropolitana, para protegê-la.
“É um ataque frontal à democracia. Eu, como parlamentar eleita, ser ameaçada com o intuito de limitar a minha atuação política. Ainda mais eu estando afastada e exercendo meu direito de licença-maternidade”, destacou a deputada ao Brasil de Fato.
A parlamentar ainda ressaltou a importância de combater a política de disseminação do ódio que tem contribuído para enfraquecer a democracia. “Preservar a democracia não é um problema meu individual é de todas as instituições. O nível de violência política que o Brasil se encontra é inaceitável. De imediato, estamos tomando junto aos órgãos responsáveis as medidas para garantir a nossa segurança, mas esse ciclo será interrompido derrotando a política do ódio”, concluiu.
Leia também: Talíria Petrone: "Proteção do povo e de seus representantes é papel do Estado"
Histórico de ameaças
Ao longo do mandato de vereadora (2016 a 2018) pelo município de Niterói, na região metropolitana do Rio, a parlamentar sofreu ameaças pelas redes sociais e por telefone, chegando a registrar uma queixa a 76° Delegacia de Polícia da cidade.
Em entrevista ao Brasil de Fato, em 2018, Talíria relatou os ataques sofridos ao longo do mandato. “Recebi mensagens desde 'neguinha nojenta', 'volta pra senzala', até 'merece uma 9mm na nuca', 'se eu encontrar mato na paulada', até que em novembro culminou em ligações sistemáticas para a sede do PSOL em Niterói, pedindo telefone da 'piranha que o povo elegeu', e dizendo que iria explodir uma bomba”, contou à época.
O mandato da parlamentar, junto com a Polícia Legislativa e as autoridades estaduais, está apurando a origem das denúncias e analisando quais outras providências deverá adotar.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Rodrigo Chagas e Mariana Pitasse