Antes que a manifestação contra o fascismo e o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) saísse do Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, um grupo de mulheres do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Sem Teto (MTST) organizou um ato para denunciar a violência cotidiana contra seus corpos.
“A gente está aqui para somar nossas vozes que estão gritando, insistentemente, contra o fascismo, o genocídio do povo pobre e negro nas periferias e também contra a violência do Bolsonaro contra as mulheres. Estamos aqui para denunciar o fascismo do Bolsonaro contra o povo da periferia. Não estamos sendo atendidos lá nas periferias”, afirmou Cláudia Rosane Garcez, coordenadora estadual do MTST em São Paulo.
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Durante o ato, as mulheres reproduziram a performance “O estuprador é você”, criada pelos movimentos feministas chilenos e que ganhou repercussão mundial em 2019. Cerca de 50 manifestantes participaram da ação, todas de máscara e respeitando o distanciamento recomendado pelos órgãos de saúde.
Entre as manifestantes, estava a estudante Thayna dos Santos Silva, que lembrou da morte do americano George Floyd, assassinado por um policial em Mineapollis, nos EUA.
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“A polícia é opressora desde sempre, mas quando as imagens vem à tona, quando não tem como negar, acontece isso que estamos vendo aqui, nos EUA e em todo o canto do mundo. O que nos falta é visibilidade, ninguém aguenta mais.”
Edição: Leandro Melito