O procurador-geral Tarek William Saab solicitou, na tarde desta sexta-feira (8), a detenção de 22 cidadãos venezuelanos e estadunidenses envolvidos na Operação Gedeón. O plano tornou-se público após a detenção de um grupo de mercenários, no último domingo (3). que tentava invadir a costa norte do país. Guaidó é acusado de ser mentor do novo intento golpista.
"O Estado envia uma mensagem contundente. Aqui existe um Estado de direito, inclusive para aqueles que pretendem nos matar. Pedimos respeito, Justiça e que os organismos internacionais se pronunciem e deixem o silêncio cúmplice", afirmou Saab.
O Ministério Público também solicitou formalmente um pronunciamento do secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres e da Alta Comissária para a Paz, Michelle Bachelet sobre a relação dos governos colombiano e estadunidense na intentona golpista.
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Até o momento 31 pessoas foram detidas desde a tentativa de invasão paramilitar da madrugada do dia 3 de maio. Os cidadãos venezuelanos serão imputados pelos crimes de terrorismo, associação e financiamento ao terrorismo, conspiração com governo estrangeiro, traição à pátria, rebelião e tráfico ilícito de armas de guerra.
Já os dois estadunidenses detidos, Airan Berry e Luke Denman, são acusados de terrorismo, conspiração, associação criminosa e tráfico ilícito de armas de guerra. Todos serão julgados pela Justiça venezuelana.
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De acordo com o Ministério Público, 75% da investigação já foi concluída. Nos próximos dias as autoridades vão solicitar à Interpol um alerta vermelho de captura contra o empresário venezuelano Juan José Rendon, o assessor de Guaidó nos Estados Unidos Sergio Vergara, e o CEO da empresa militar privada Silvercorp, Jordan Goudreau.
JJ Rendón, Vergara e Guaidó assinaram um contrato em outubro de 2019 com a Silvercorp, no valor de 212 milhões de dólares. O plano incluía treinar paramilitares venezuelanos em acampamentos na cidade de Riohacha, Colômbia; apoiar a invasão pelas costas marítimas venezuelanas; sequestrar o presidente Nicolás Maduro e levá-lo aos Estados Unidos.
Em declarações à imprensa, o assessor de Guaidó, Sergio Vergara reconhece a veracidade do documento e ainda afirmou que havia adiantado o pagamento de 50 mil dólares a Jordan Goudreau.
Edição: Rodrigo Chagas