filas

Bancários temem contaminação por aglomerações em busca do auxílio emergencial

Sindicatos alertam que fluxo intenso de pessoas nos bancos tem aumentado exposição dos funcionários à covid-19

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Pessoas se aglomeram em frente a agência da Caixa em Curitiba (PR) - Giorgia Prates

Desde o início da pandemia de coronavírus, bancários reivindicam que as empresas adotem regimes diferenciados de atendimento. A maioria, após a pressão dos trabalhadores, tem realizado atendimento parcial, com distanciamento social e número reduzido de clientes.

Porém, na Caixa Econômica Federal, a partir do anúncio do pagamento do auxilio emergencial de 600 reais, a situação tem sido caótica. O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) solicitaram que uma campanha informativa fosse feita pelo governo federal para evitar filas e aglomerações.

Mas isso não ocorreu, e em muitas agências os empregados precisam ir até grandes aglomerações em frente às agências para explicar como as pessoas devem proceder.

:: "Com a pandemia, vimos a importância de ter um sindicato", diz dirigente de bancários ::

Segundo Antônio Luiz Fermino, dirigente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, a rotina diária tem sido desgastante. “Há impacto na saúde mental destes trabalhadores que, de um lado, precisam organizar essas filas e informar que as pessoas não conseguirão informação lá e, de outro, o medo constante de contágio,” explica.

Fermino diz que a preocupação é proteger o trabalhador do risco de contágio e também da sobrecarga de trabalho. “Ainda muitos EPIs [equipamentos de proteção individual] não vêm sendo implementados com segurança e, de forma eficaz, nas agências da Caixa neste momento de filas enormes”.

A fotojornalista do Brasil de Fato Paraná, Giorgia Prates, flagrou, ainda na manhã desta segunda-feira (4), longas filas em frente à agência da Caixa próxima à Praça Carlos Gomes, em Curitiba. Veja: 

Fonte: BdF Paraná

Edição: Gabriel Carriconde e Vivian Fernandes