O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta quinta-feira (30) que o número de mortes causadas pelo novo coronavírus pode chegar a 1 mil por dia no Brasil – nas últimas 24 horas, foram registradas 435 mortes, segundo dados divulgados pelo governo.
“Em relação a um possível número de mortes, a gente está hoje perto de 500 mortes, 400? Quantas foram hoje?”, pediu ajuda o ministro. Ao ser informado das 435 vítimas, ele seguiu: “O número de 1 mil, se a gente tiver ainda em um crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer. Isso não quer dizer que vai acontecer”, declarou.
Segundo o ministro, a “prioridade absoluta” é ajudar estados e municípios a terem estrutura para tratar das pessoas. Ele, no entanto, admitiu que só nesta semana, após 13 dias no cargo, fez contato com os governantes estaduais.
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“Na verdade, eu não posso dizer que estou tendo conversas regulares. E estou tendo um primeiro contato com cada governador. Ao longo do trabalho, vai se discutir abordagem da capital e do interior. Óbvio que são estratégias ligadas aos governadores e aos prefeitos, e a gente vai participar disso contribuindo. Mas a conversa regular, tem que ficar claro, foi um primeiro contato esta semana com cada governador”
Foi um primeiro contato esta semana com cada governador.
Embora já tenha declaro ter um "programa de saída" das restrições sociais, Teich afirmou que “ninguém está pensando em relaxamento”, mas sinalizou que o governo prepara a publicação de uma diretriz para orientar estados e municípios a retomarem as atividades.
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"A gente está trabalhando a parte de testes, a gente tá melhorando a infraestrutura, está acompanhando a evolução dos casos, tentando buscar um ponto de inflexão da curva. No dia em que todos esses critérios estiverem preenchidos, a gente vai estar, dentro da diretriz, dando o ok para que se possa fazer uma tentativa de flexibilizar. Neste momento, ninguém está pensando em flexibilizar nada. A gente só está desenhando um projeto e uma diretriz."
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Edição: Rodrigo Chagas