Governadores dos estados do Nordeste e cientistas integrantes do comitê científico de enfrentamento ao coronavírus, coordenado por Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende, reuniram-se nesta quarta-feira (1) para definir as primeiras ações.
Entre os pontos destacados, está a importância de os governos atuarem de maneira unificada não apenas na política e na busca de soluções econômicas, mas também na atuação de suas fundações de amparo à pesquisa e universidades.
Nessa primeira reunião, já foi definido que o Consórcio Nordeste deve disponibilizar ainda esta semana um aplicativo que estará articulado a um registro eletrônico de saúde, passível de ser conectado a qualquer tempo e qualquer outro sistema e solução de informação. A ferramenta permitirá a hierarquização dos usuários por prioridade de risco.
Será feito atendimento remoto e registro das informações, o monitoramento e acompanhamento dos cidadãos e permitirá que se aprenda com o comportamento da pandemia e das pessoas no território para desenvolver ações ainda mais efetivas de combate à pandemia do coronavírus.
A ferramenta será oferecida assim que Google Store e Apple Store liberarem o acesso. O aplicativo poderá ser encontrado com o nome Monitora Covid-19.
Outra decisão tomada na reunião foi a de estimular a produção de máscaras caseiras e sua utilização cotidiana. Para isso, haverá orientação sobre modelos para sua produção e cuidados com manuseio e a higiene das máscaras, sendo necessário que as do tipo caseiro sejam lavadas frequentemente.
Os membros do comitê científico também recomendaram que os estados ampliem a testagem dos profissionais de saúde e adotem um protocolo unificado de proteção, mesmo considerando a dificuldade de compra de insumos, materiais e equipamentos. Para isso, o próprio comitê fará sugestões nos próximos dias.
O coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto, destacou a quantidade enorme de informações falsas, “o que aumenta a importância deste comitê na filtragem delas para qualificar as decisões que os governadores vão tomar”.
Coordenada pela secretária de Ciência e Tecnologia da Bahia, Adélia Pinheiro, a sala de situação do comitê tem a incumbência de garantir sua operação e eficiência. É responsável por receber e processar informações e, a partir da interação com todos os participantes do comitê, utilizar modelos matemáticos para planejamento e ações mais efetivas.