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Protestos contra Bolsonaro viralizam nas redes e "panelaços" se espalham pelo país

Pelo segundo dia consecutivo, presidente foi alvo de ações em diversas cidades brasileiras

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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protesto fora bolsonaro
Projeção em São Paulo mostra bolsonaro confuso com máscara de proteção - Reprodução

O movimento que começou nesta terça-feira (17) em algumas cidades brasileiras, tomou corpo novamente nesta quarta (18) e diversas regiões registraram panelaços contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).  No Twitter a expressão "Fora Bolsonaros" ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados mundialmente. Na lista dos dez temas mais mencionados na rede social no Brasil estava também a expressão "Panelaço Contra Bolsonaro". 

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As reações da população são uma resposta à postura do capitão reformado diante da crise do coronavírus. Enquanto a área de saúde do governo divulga ações e alertas diários sobre a propagação da doença no país, o presidente vinha minimizando o tema. Desde a semana passada, Bolsonaro tem afirmado em diversas declarações que a reação ao vírus tem caráter histérico.

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Ele condena  também as recomendações para que a população evite aglomerações. No domingo (15) foi a um protesto contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal sem máscara, cumprimentou manifestantes com apertos de mão e tirou fotos.

Em São Paulo (SP) capital alguns bairros, como Barra Funda, Higienópolis, Consolação, Bela Vista e Santa Cecília, tiveram manifestações por mais de meia hora. Pelo menos dez bairros da cidade registraram protestos e, em alguns deles, os manifestantes tocaram instrumentos e fizeram projeções em prédios. Em Santa Cecília, uma foto do presidente usando máscara de proteção de maneira equivocada foi projetada. 

Bairros de periferia da Zona Sul e da Zona Leste de São Paulo também aderiram, entre eles a comunidade de Heliópolis, maior da cidade. Em Brasília, Ceilândia, Samambaia, regiões que foram criadas a partir de assentamentos e moradias populares, registraram muitas manifestações. No Rio de Janeiro (RJ) as favelas da Rocinha e do Vidigal não só bateram panelas, registraram também vizinhos tocando músicas de protesto.

Em Brasília (DF), regiões de classe média também registraram protesto, entre elas está Águas Claras, reduto bolsonarista em que o presidente teve votação expressiva nas eleições. Na capital paranaense, Curitiba (PR), onde mais de 70% da população votou em Bolsonaro, a região central também foi tomada por panelaços e gritos. 

Além disso, em outras cidades também ocorreram protestos, como Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Aracaju (SE), Florianópolis (SC), Vitória da Conquista (BA), Taboão da Serra (SP), Vitória (ES), Juiz de Fora (MG), entre outras.
 

Edição: Rodrigo Chagas