O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira, de 36 anos, foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, em 2018. A decisão foi tomada na noite da última quinta-feira (21) em um júri popular e é passível de recurso.
O crime aconteceu em um bar, em Salvador (BA), horas após a votação do primeiro turno das eleições de 2018. Em meio a uma discussão sobre política, Moa foi assassinado por um eleitor de Jair Bolsonaro (PSL) após ter declarado voto em Fernando Haddad (PT).
Nascido em Salvador, Romualdo Rosário da Costa, o mestre Moa, era um dos mais relevantes nomes da cultura popular afro-brasileira. Moa atuou como educador, compositor, artesão e liderança do movimento negro e da cultura no estado da Bahia.
O Brasil de Fato conversou com Samonali Costa, filha da vítima, um dia após o crime. "É difícil acreditar. Não era para ter acontecido. O chão se abriu. Para mim, meu pai está viajando, fazendo o trabalho afro, de música, percussão dele fora. Difícil acreditar que perdi painho”, lamentou, na época.
Relembre a trajetória de Moa do Katendê.
Edição: Julia Chequer