“As ideias que nós construímos coletivamente aqui, nesta região e neste país, não poderiam ser presas, elas iam continuar pairando pelo mundo inteiro. Cá estou eu, livre como um passarinho.”
As palavras são parte do discurso feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde deste sábado (9), no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo (SP).
Acompanhado por lideranças políticas e de movimentos populares, o petista falou por aproximadamente 45 minutos à multidão presente no local.
Esse foi segundo pronunciamento do ex-presidente desde que foi libertado no final da tarde da última sexta-feira (8). Lula reforçou suas críticas à atuação de parte da imprensa e da Justiça na condução do processo que resultou em sua prisão.
“Eu duvido que o [Sérgio] Moro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu duvido que o [Deltan] Dallagnol durma com a consciência tranquila eu durmo. Aliás, eu duvido que o Bolsonaro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu duvido que o ministro demolidor de sonhos, destruidor de empregos, destruidor de empresas públicas brasileiras, chamado [Paulo] Guedes, durma com consciência tranquila que eu durmo. Eu quero dizer para eles: eu estou de volta”, disse.
Lula também reiterou seu desejo de viajar em caravana pelo Brasil e reafirmou sua disposição para a luta.
“Eu quero construir esse país com a mesma alegria que construímos quando governamos. A única coisa que eu tenho certeza é que estou com mais coragem de lutar do que quando eu saí daqui”, afirmou.
Ao final do discurso, Lula agradeceu aos apoiadores e lamentou a impossibilidade de abraçar e beijar cada uma das pessoas presentes.
“Eu quero, do fundo do coração, agradecer a cada um de vocês. Podem contar comigo, porque única coisa que eu não vou fazer na vida é trair a confiança que vocês têm em mim há tantos anos”, concluiu.
Edição: Geisa Marques