Desde 1959, quando os “barbudos” organizaram a primeira revolução socialista na América Latina, o povo cubano tem orgulho de dizer que é independente e sem amarras com o imperialismo norte-americano. Passados 60 anos, Cuba segue resistindo e lutando contra as criminosas violações provocadas pelo bloqueio econômico liderado pelos Estados Unidos.
Desde a chegada de Donald Trump à presidência, as autoridades norte-americanas intensificaram as medidas do bloqueio contra o povo cubano. No último ano, as relações entre Cuba e EUA foram marcadas pela política hostil promovida pela Casa Branca, trazendo inúmeros prejuízos para a economia da ilha. No último mês, o governo Trump promoveu uma ação criminosa ao dificultar o fornecimento de combustível por navios à ilha, implicando em uma escassez de combustível e numa crise energética sem precedentes no país.
O chanceler cubano, Bruno Rodriguez, afirmou em entrevista que "as medidas sobretudo de bloqueio aos fornecimentos de combustível são uma violação inédita do direito internacional, das regras de convivência da comunidade internacional e que, ao contrário do passado, são anunciadas e proclamadas com orgulho dos efeitos que provocam". O presidente cubano Miguel Díaz-Canel, acompanhado pelo Conselho de Ministros, vem denunciando sistematicamente as ameaças a empresas navais e seguradoras relacionadas com o fornecimento de combustível. O bloqueio econômico, hoje, é a principal violação humanitária dos EUA contra o povo cubano. Na Organização das Nações Unidas (ONU), apenas Israel e EUA são contra seu fim.
Apesar de todas as dificuldades, Cuba segue resistindo e procurando alternativas para enfrentar as sanções impostas pelo governo norte-americano. Nas últimas semanas, o governo deu inicio ao programa de recuperação energética para superar a crise gerada pelo “bloqueio elétrico” liderado pelos EUA. Os trabalhadores da União Elétrica de Cuba começaram a colocar em prática medidas de recuperação das principais redes de distribuição de energia do país afetadas pelo colapso energético. A existência de Cuba enquanto uma ilha livre e sem amarras do imperialismo, só é possível graças a luta do povo cubano que defende com unhas e dentes sua liberdade. Precisamos denunciar sistematicamente o atentado criminoso dos EUA a soberania da ilha de Cuba
*Felipe Nunes é historiador e membro da Associação Cultural José Martí.
Edição: Isadora Morena