O Ato Nacional em Defesa do Meio Ambiente e dos Povos da Amazônia ocorre nesta quinta-feira (17), em Marabá, no sudeste do Pará. Liderança ambientais, indígenas e políticas participam do evento, que, além de discutir os problemas da região, tem como objetivo apontar soluções para a questão ambiental. O encontro conta com a participação do cacique caiapó Raoni Metuktire.
Indígenas do povo Xikrin, do município de Parauapebas, também no sudeste do Pará, fizeram uma "marcha de guerra" antes de entrar no Ginásio Renato Veloso. Em seguida, dentro do ginásio, eles foram recebidos pelo cacique caiapó Raoni Metuktire.
Para a cacique Katia Silene Akratikatêjê da Montanha, no município de Bom Jesus do Tocantins, atingida pela Hidrelétrica de Tucuruí, o evento é uma oportunidade de levantar as questões urgentes da Amazônia, sobretudo, as ameaças contra os povos da floresta.
“Estou aqui em defesa da Amazônia, da cultura, dos nossos direitos, com essa atual conjuntura estamos todos unidos, defendendo a Amazônia, o nosso território, a nossa cultura e o nosso modo de vida. Não somos respeitados e hoje estamos aqui fortalecidos para dar essa caminhada”, diz.
Para o dirigente estadual do Movimento dos trabalhadores Sem Terra (MST) no Pará, Tito Moura, a Amazônia tem sido muito debatida no Brasil e no mundo. O movimento integra a organização do evento. Tito aponta que este é um momento de luta que reúne quilombolas, indígenas, ribeirinhos e entidades políticas para buscar soluções reais para a Amazônia.
"Primeiro passo é debater, tirar linhas políticas do que serão os próximos passos firmes nessa questão da Amazônia. E, quando o povo se junta, o povo resolve as questões do próprio povo”, diz.
A reportagem do Brasil de Fato acompanha durante todo o dia a programação do Ato Nacional em Defesa do Meio Ambiente e dos Povos da Amazônia. Á tarde, haverá o debate "O que está por trás dos ataques à Amazônia e quais os desafios da floresta, dos rios, da cultura e dos territórios de seus povos" e, em seguida, uma caminhada pelo meio ambiente. À noite, um ato político-cultural em praça pública encerra as atividades.
Edição: Camila Maciel