Justiça

Procuradores da Lava Jato pedem regime semiaberto para Lula

Defesa do ex-presidente afirma que ação “não pode prejudicar o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro no STF”

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Pedido é assinado por Dellagnol, Tessler e Pozzobon
Pedido é assinado por Dellagnol, Tessler e Pozzobon - Foto: Ricardo Stuckert

Nesta sexta-feira (27), o Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício à Justiça pedindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vá para o regime semiaberto. De acordo com o órgão, “foi certificado o bom comportamento carcerário (requisito objetivo)” pela Superintendência da Polícia Federal e o petista também já cumpriu um sexto da pena, tendo direito a progressão da pena.

O documento é assinado por 15 procuradores da Operação Lava Jato, entre eles Roberson Henrique Pozzobon, Deltan Dallagnol e Laura Gonçalves Tessler. No ofício, o MPF solicita à Justiça que escute a defesa de Lula antes de acatar a progressão do regime.

O advogado do petista, Cristiano Zanin, adotou cautela em nota divulgada na tarde desta sexta-feira: “Na segunda-feira vou conversar novamente com o ex-presidente sobre o assunto; a posição dele orientará a nossa manifestação no processo. Mas seja qual for a decisão de Lula sobre a progressão, isso jamais poderá prejudicar o julgamento de suspeição do ex-juiz Sergio Moro pelo STF, como pretende o Ministério Público, pois todo o processo deve ser anulado, com o restabelecimento da liberdade plena do ex-presidente.”

Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018 para cumprir a pena de oito ano e dez meses, estabelecida no âmbito da Lava Jato, por conta do caso triplex. Desde então, uma enorme campanha de solidariedade ao ex-presidente se formou, dentro e fora do país, defendendo sua inocência e liberdade.

 

Trecho do documento enviado pelos procuradores da Lava Jato (Imagem: Reprodução)

Edição: Rodrigo Chagas