Europa

Sem acordo entre PSOE e Podemos, Espanha convoca eleições gerais

Parlamento será dissolvido na próxima segunda-feira e novas eleições deverão acontecer no dia 10 de novembro

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Pedro Sánchez afirmou que não foi possível formar uma maioria para que fosse garantido um governo no país
Pedro Sánchez afirmou que não foi possível formar uma maioria para que fosse garantido um governo no país - Foto: Flickr

Após meses de negociações fracassadas entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), ganhador das últimas eleições, e a legenda de esquerda Unidas Podemos, no intuito de formar uma coalizão para alcançar maioria no Parlamento, a Espanha passará por um novo pleito. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17/09) pelo rei espanhol Felipe VI após se reunir com os líderes das legendas no Legislativo e constatar que nenhum partido foi capaz de formar um governo.

Segundo comunicado emitido pelo monarca, o Parlamento será dissolvido na próxima segunda-feira (23/09) e as novas eleições deverão acontecer no dia 10 de novembro.

Após o anúncio, o primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez, afirmou que tentou "de todas as maneiras, mas foi impossível" chegar a um acordo de coalizão. "Procurei formar um governo para a Espanha, e digo um governo, não qualquer governo", afirmou.

Os socialistas de Sánchez venceram as eleições gerais de abril, mas conseguiram apenas 123 dos 350 assentos do Parlamento. Desse modo, eles precisavam formar uma coalizão para formar um governo. Sánchez tinha até segunda-feira para ser confirmado pelo Parlamento ou então novas eleições seriam automaticamente convocadas para 10 de novembro, mas suas conversas com outros partidos para tentar obter apoio foram infrutíferas.

Por sua vez, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, afirmou que o primeiro-ministro tinha a função de formar um governo, mas não o "quis" por "arrogância". "Pedro Sánchez comete um erro histórico de enormes dimensões, forçando outras eleições a uma obsessão por monopolizar um poder absoluto que os espanhóis não lhe deram", disse pela sua conta no Twitter. 

O líder do Unidas Podemos ainda disse que Sanchéz teve um "desprezo" pelas "regras básicas de uma democracia parlamentar". Iglesias afirmou que seu partido vai "continuar trabalhando para que a política sirva para defender os direitos do povo".

*Com Sputnik

Edição: Opera Mundi