Com a proposta de discutir a atual emergência climática, começou nesta segunda-feira (19) a Semana do Clima da América Latina e Caribe. Os debates são realizados em Salvador, na Bahia, e seguem até sexta-feira (23).
O responsável de Finanças Climáticas e Fomento de Capacidades da ONU, Alejandro Kilpatrick, alerta para os impactos das mudanças no clima.
“Estamos enfrentando uma emergência climática em nível mundial, de maneiras diferentes, em diferentes regiões, em diferentes países. É uma ameaça à vida como nós conhecemos”.
O evento espera receber mais de três mil pessoas, entre ministros de governo, representantes de agências multilaterais e de Organizações Não Governamentais (ONGs).
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, devem comparecer aos debates.
Em 14 de maio, Salles decidiu cancelar a Semana do Clima no Brasil, sob a justificativa de que o país não vai mais sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-25).
Na ocasião, o chefe da pasta disse que manter o encontro na capital baiana seria uma "oportunidade" apenas para a turma "fazer turismo em Salvador" e "comer acarajé".
Cinco dias após o anúncio de cancelamento, o ministro voltou atrás e manteve a realização do evento no país.
A Semana do Clima é um evento preparatório para a COP-25. A Conferência seria realizada no Brasil, mas o governo de Jair Bolsonaro abriu mão da organização do evento sob o argumento de "restrições fiscais e orçamentárias".
A COP-25 é o maior congresso da ONU sobre o tema. O encontro foi transferido para o Chile e será realizado de 2 a 13 de dezembro.
A Semana do Clima da América Latina e Caribe tem o objetivo de impulsionar a resposta da região às mudanças climáticas.
Edição: Geisa Marques